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Indústria automotiva terminou 2015 com 271 mil veículos nos pátios, diz Anfavea

13:15 | Jan. 07, 2016
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O estoque total de veículos nos pátios das concessionárias e das montadoras caiu de 322,2 mil unidades em novembro deste ano para 271 mil em dezembro, informou nesta quinta-feira, 7, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Com a queda, o estoque total de veículos em dezembro era suficiente para 36 dias de vendas, considerando o ritmo daquele mês, ante 42 dias em novembro. O setor considera ideal um estoque equivalente a 30 dias de vendas.

A Anfavea também informou que a fatia de automóveis e veículos comerciais leves biocombustíveis (flex) ficou em 88,6% em dezembro, patamar abaixo do verificado em novembro, de 89,7%. Em dezembro de 2014, a participação das vendas dos veículos flex era de 89,0%. Ao todo, os veículos flex somaram 2,194 milhões em 2015, o equivalente a 88,4% do total.

Plano de renovação de frota

O presidente da Anfavea, Luiz Moan, afirmou que considera "muito improvável" que o governo aprove em janeiro o plano de renovação de frota que foi proposto por diversas entidades do setor automotivo, entre elas a própria Anfavea.

"A proposta foi entregue em dezembro e eu acho absolutamente improvável que uma proposta entregue em dezembro seja aprovada em janeiro", disse o executivo. Segundo Moan, a medida está sendo analisada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A declaração de Moan vai na contramão do que disse na quarta o presidente da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção. Assumpção afirmou que a medida deverá ser anunciada em janeiro pelo governo, com o nome de Programa Sustentabilidade Veicular.

Troca

O teor do programa não foi detalhado, mas o presidente da Fenabrave adiantou na quarta que há um proposta em estágio avançado: o consumidor que possui um automóvel com mais de 15 anos de uso ou um caminhão com mais de 30 anos de uso poderá trocá-lo por um novo em concessionárias autorizadas ou revendedoras independentes. O veículo usado seria avaliado e o valor definido viraria crédito na compra do novo.

O que não se sabe ainda é de onde sairiam os recursos para financiar a compra do veículo usado, por parte das concessionárias, e para facilitar o pagamento do valor que faltaria para adquirir o novo, por parte do consumidor. "Nós sabemos que o governo precisa fazer o ajuste fiscal, nós temos consciência que nada que prejudique o ajuste fiscal pode ser proposto", afirmou Moan. "Mas nós também sabemos que os veículos têm uma carga tributária bastante alta", ponderou o executivo.

"O financiamento deste programa ainda não foi definido. Eu tenho umas 15 ideias para isso, uma delas é diminuir o imposto, mas nós sabemos que o governo não vai aceitar", disse Moan.

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