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Governo de Omã diz estar disposto a cortar produção de petróleo

10:35 | Jan. 18, 2016
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Omã é o primeiro importante produtor de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) a dizer que cortaria sua produção, caso isso ocorresse em coordenação com outros países. A declaração é dada no momento em que o Irã deve retomar suas exportações, o que pressiona os preços da commodity, em um quadro já de excesso de oferta.

Omã estaria disposto a cortar 5% a 10% de sua produção total de petróleo, caso outros exportadores estivessem dispostos a fazer o mesmo para estabilizar o mercado, disse o ministro do Petróleo Mohammad bin Hamad al-Rumhy, no intervalo de uma conferência em Abu Dabi nesta segunda-feira. "Omã está disposto a fazer qualquer coisa que estabilizasse o mercado de petróleo", afirmou a autoridade. Segundo ele, um corte de entre 5% e 10% deveria ser adotado por todos.

As declarações são dadas em mais um dia de fraqueza nos contratos. Hoje, pesa sobre a commodity a volta do petróleo iraniano, com a retirada no fim de semana de sanções ocidentais contra Teerã. O barril do Brent para março chegou a ser cotado mais cedo a US$ 27,67 na mínima do dia. O contrato já perdeu um quinto de seu valor até agora neste ano, diante dos temores de desaceleração na demanda da China e das preocupações com as exportações iranianas, em um quadro já de excesso de oferta.

Membros da Opep, como a Venezuela, pedem um corte na produção do cartel e defendem que outros países se unam neste esforço, a fim de impulsionar os preços. A Arábia Saudita, líder na prática da Opep e maior produtor do cartel, disse que não realizará cortes a menos que outras nações façam o mesmo.

Omã é o maior produtor de petróleo no Oriente Médio fora da Opep, produzindo cerca de 1 milhão de barris ao dia. Mas o país não tem as reservas financeiras de seus vizinhos do Golfo Pérsico para enfrentar um prolongado período de preços baixos da commodity. Rumhy disse que os mercados de petróleo já passaram pelo pior e que qualquer declínio adicional seria como "ondas que vêm depois de um tsunami". Fonte: Dow Jones Newswires.

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