Consumidores utilizam consórcio para reformar a casa
Financiamento de 100% do valor do bem, ausência de juros e, após contemplação, poder de compra nas mãos, através de carta de crédito. Esses pontos atraem novos investidores ao sistema de consórcios. Mas dentre os objetivos de quem opta pelo modelo, a reforma da casa é um dos mais procurados.
[SAIBAMAIS 1]
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AssineExistem duas formas para utilizar o consórcio na hora de reformar: consórcio imobiliário e consórcio de serviços. O primeiro é indicado para reformas acima de R$ 15 mil. Como os valores são mais altos, a administradora necessita de um bem como garantia. Essa modalidade é mais utilizada devido ao tempo de pagamento ser maior, entre 120 a 150 meses. Já o consórcio de serviços é o ideal para reformas menores, em torno de R$ 5 mil a R$ 10 mil, com prazo de pagamento menor, de 24 a 36 meses.
Hoje no Brasil, o consórcio imobiliário tem cerca de 800 mil participantes. Já na de serviços, 32 mil integram o sistema. De acordo com o último levantamento realizado pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), até novembro de 2015, cerca 2,15 milhões de novas adesões foram registradas no sistema. O que corresponde a um aumento de 13,5% se comparado ao mesmo período de 2014.
“O consórcio imobiliário é uma carta de crédito. Quando o cliente adquire e é contemplado ele tem várias alternativas para utilizar o crédito: comprar imóvel novo, usado, na planta, terreno, apartamento, sala comercial, prédio e também fazer uma reforma”, afirma Ricardo Jaques Carvalho, diretor comercial da Remaza Novaterra Administradora de Consórcio.
“O cliente não define o que vai fazer antes de obter o crédito, porque, muitas vezes, muda de ideia depois. Ele entra no consórcio pensando em comprar um imóvel novo, mas recebe a carta e quer reformar o imóvel que possui e investir o resto em outra alternativa. A definição de como utilizar o dinheiro somente acontece quando o cliente é contemplado”, diz.
Índice de crescimento
Dos clientes que são contemplados com a carta de crédito, 18 a 20% optam pela reforma do imóvel. Para Ricardo, “os brasileiros estão a descobrir uma nova modalidade de compra. Eles perceberam que o consórcio é a melhor maneira econômica e financeira para fazer isso. Há prazos mais longos para pagar e não têm juros, apenas uma taxa de administração que gira em torno de 0,1% ao mês”, afirma.
Em todas as regiões do Brasil a modalidade de consórcio tem crescido. De acordo com Rodrigo Freire, presidente regional da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), a procura maior tem ocorrido devido às altas nas taxas de juros, o que fez com que os consumidores buscassem alternativas no mercado.
“Os financiamentos bancários estão mais difíceis. Com os consórcios há uma maior viabilidade de custo, porque dá para fazer uma programação de compra no longo prazo”, diz.
NÃO ESQUEÇA
VANTAGENS
CUSTO FINAL do consórcio é bem mais barato
MOBILIDADE: a carta de crédito permite a troca do objetivo de compra a qualquer momento do consórcio
FORMA de poupança programada e forçada
AUTODISCIPLINA
FORMAÇÃO de patrimônio
DESVANTAGENS
PODE HAVER demora na contemplação. Se há pressa para reformar o imóvel, o consórcio não é muito indicado
NÃO ATENDE expectativas imediatas.
É no longo prazo
CONSÓRCIO DE IMÓVEIS
TOTAL DE CONSORCIADOS
802,0 MIL (NOVEMBRO/2015)
775,9 MIL (NOVEMBRO/2014)
CRESCIMENTO: 3,4%
VENDAS PARA NOVOS CONSORCIADOS
222,7 MIL (JANEIRO-NOVEMBRO/2015)
157,3 MIL (JANEIRO-NOVEMBRO/2014)
CRESCIMENTO: 41,5%
TÍQUETE MÉDIO (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
R$ 109,7 MIL (NOVEMBRO/2015)
R$ 112,8 MIL (NOVEMBRO/2014)
RETRAÇÃO: 2,7%
CONTEMPLAÇÕES
59 MIL (JANEIRO-NOVEMBRO/2015)
63 MIL (JANEIRO-NOVEMBRO/2014)
CRESCIMENTO: 6,3%
Fonte: ABAC
SAIBA MAIS
AS ADMINISTRADORAS de consórcios precisam estar autorizadas pelo Banco Central e aptas junto à ABAC. Os especialistas indicam ler com atenção o regulamento do consórcio de interesse para ver se tudo está correto e fugir de propostas milagrosas. Nada é fácil demais
PESQUISAR NA INTERNET comentários de pessoas que já usaram o serviço e consultar o sítio do Banco Central e da ABAC é indicado para ver a procedência das empresas
CONSULTE O SITE DO Banco Central para conferir a relação de empresas autorizadas, em www.bcb.gov.br
Acesse abac.org.br e faça denúncias de empresas irregulares
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