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Setor se esforça para empregabilidade, mas há risco de demissão, diz Abraciclo

12:15 | 08/12/2015
A indústria brasileira de motocicletas está se esforçando para manter o atual nível de empregabilidade, mas as condições macroeconômicas podem forçar novas demissões em empresas do setor. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Marcos Fermanian, que não citou projeções de números de demissões para 2016.

"O mercado está incerto e pode ser que haja um ajuste mais intenso no nível de produção para adequar os estoques", avaliou.

Em setembro, o setor empregava 16.376 trabalhadores, uma queda de 8,7% em relação aos 17.928 empregados no final de 2014.

"Porém, não vislumbramos um movimento unificado de demissões porque há um esforço individual de todas as marcas para manter a empregabilidade, já que é muito oneroso treinar mão de obra na área produtiva", ponderou.

Sobre a crise política pela qual o Brasil está passando, Fermanian adotou o tom cauteloso de outros empresários do setor industrial e disse que está "torcendo para que o nó político seja desatado rapidamente".

"Acreditamos que a partir do segundo semestre de 2016 a indústria vai começar a vislumbrar uma recuperação, com a melhora do ambiente político e econômico", comentou.

Em relação às exportações, ainda que o volume seja pequeno, o setor está otimista e projeta que haja uma alta 2,7% nas vendas externas em 2016, para 75 mil motocicletas.

O impulso seria puxado pela Argentina, que representa 60% do volume de exportações. "A mudança de governo na Argentina traz uma nova perspectiva para todo o mercado brasileiro. Nós vemos um momento muito mais favorável para o intercâmbio e o aumento da relação com os vizinhos argentinos", disse.

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