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Revisão na produção de soja aumenta em 1,3% previsão para a safra 2016, diz IBGE

10:55 | 11/12/2015
A safra brasileira de grãos de 2016 será 1,3% maior do que o previsto inicialmente, 2,7 milhões de toneladas a mais, de acordo com o segundo Prognóstico da Produção Agrícola Nacional, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os produtores melhoraram suas previsões para a colheita de soja.

"Aumentamos a área e a expectativa de produção também, o rendimento médio", explicou Mauro Andreazzi, gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE.

A safra do grão totalizará 101,476 milhões de toneladas no ano, estimativa 1,2 milhão de toneladas maior do que a apurada no primeiro prognóstico. O resultado é ainda 4,7% superior ao de 2015.

"A soja tem maior área plantada e maior expectativa de produção. A cultura agora já está instalada, já está plantada. As condições climáticas estavam bem em novembro", disse Andreazzi.

Em relação ao primeiro prognóstico para 2016, o Mato Grosso informou aumento de 3% na produção de soja, enquanto Goiás melhorou em 1,3% sua estimativa para o grão. O País colherá 209,3 milhões de toneladas na safra 2016.

Feijão

O segundo Prognóstico da Produção Agrícola Nacional de 2016 prevê uma safra recorde de soja, com alta de 4,7% em relação a 2015, mas também um salto de 15,1% na produção de feijão 1ª safra.

Os produtores colherão 1,558 milhão de toneladas de feijão no ano que vem, como reflexo da recuperação da lavoura de Estados da região Nordeste que foram atingidos pela estiagem este ano. Também houve o estímulo da elevação de preços ao plantio.

"O feijão 1ª safra vai crescendo em relação a 2015, porque está com melhor preço, cerca de R$ 158,00 a saca de 60 quilos do (feijão) carioca e R$ 106,00 a do feijão preto", notou Andreazzi.

O consumo aparente de feijão no Brasil é de 3,350 milhões de toneladas no ano. "Então a previsão é menos da metade (do consumo interno), mas é só a primeira safra", lembrou Andreazzi.

Em 2015, o feijão de 1ª safra participou com cerca de 43% da produção total do grão no ano. A segunda safra respondeu por outros 42%, e a terceira, cerca de 15%.

Arroz, algodão e milho

Já o arroz tem previsão de queda de 0,7% na produção em relação a 2015, totalizando 12,244 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul, maior produtor do País, espera uma retração de 3,4% tanto na área plantada quanto na safra do grão. O consumo interno de arroz é estimado em 12 milhões de toneladas.

"O que determina a eficiência do arroz são as chuvas do ano anterior, os reservatórios. Durante o ciclo, é necessário ter sol", disse o gerente do IBGE.

Ainda na comparação com 2015, o prognóstico aponta recuo de 4,9% na lavoura de algodão e queda de 2,3% no milho 1ª safra.

"O milho 1ª safra vem enfrentando essas quedas generalizadas pela preferência pela soja. É importante essa alternância entre soja e milho. São espécies diferentes, o milho dá mais matéria orgânica para o solo do que a soja. Então o milho é plantado depois da soja", observou Andreazzi.

Em 2016, a produção do milho 1ª safra deve crescer nos Estados de São Paulo (6,3% ante 2015), Bahia (26,5%) e Goiás (8%). "Os Estados que aparecem com elevação na produção são os que tiveram perda em 2015 por conta da estiagem, então preveem aumento em 2016", explicou o pesquisador.

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