Relação dívida/PIB piora mesmo sem alta da Selic
"Em nossa estimativa, a relação dÃvida/PIB supera 70% em qualquer cenário (de Selic), e o faz em torno de meados do ano que vem", afirma o economista Homero Guizzo, da MCM Consultores, que trabalha com projeção de estabilidade da taxa básica ao longo de 2016. "Mas, sem dúvida, o aperto monetário adianta a Â?ultrapassagemÂ? desse patamar, ao aumentar diretamente o custo da dÃvida", diz Guizzo, que prevê impacto de R$ 14,8 bilhões sobre a dÃvida em caso de avanço da Selic em 1 ponto.
Na mesma linha da MCM, para Thiago Biscuola, economista da RC Consultores, caso haja um novo ciclo de alta da Selic o processo seria antecipado, segundo sua previsão, do final de 2016 (cenário sem alta de juro) para o inÃcio do 2.º semestre.
Flávio Serrano, economista do banco Haitong, acredita que uma alta da Selic no começo do ano não altera significativamente sua expectativa de prazo para que a dÃvida bruta/PIB alcance 70%, que é entre maio e junho. "No máximo, adiantaria um mês", disse. "O primeiro quadrimestre são os melhores meses de resultado primário, por isso (a marca de 70%) deve ficar mais para a metade do ano", afirmou.