PMI de Serviços do Brasil avança para 45,5 em novembro, diz Markit
O indicador, calculado pela consultoria internacional Markit, segue uma escala de zero a 100 pontos, sendo que graduações iguais ou maiores que 50 pontos são lidas como expansões do setor. Abaixo desse valor, são consideradas quedas.
Sobre o setor de Serviços, apesar da melhora em novembro ante outubro o relatório aponta para uma redução ainda pronunciada do volume de produção, e os indicadores referentes aos componentes do indicador indicam "uma recessão ampla, com a atividade caindo em todas as seis categorias monitoradas", pontua a Markit. Em novembro, apesar de mais branda, foi registrada a nona queda consecutiva na entrada de novas encomendas.
"A pesquisa indica que a demanda foi deprimida pela frágil situação econômica do País. Com os registros de pedidos do setor industrial caindo também, o volume de novos negócios no setor privado como um todo se contraiu pelo nono mês consecutivo", afirma o relatório assinado pela economista da Markit Pollyanna De Lima.
A confiança do setor de Serviços caiu em novembro, mas as empresas do setor ainda esperam uma expansão do volume de produção em 2016, de acordo com a consultoria internacional. "Mas o sentimento positivo foi o mais baixo em três meses, e ficou bem abaixo da tendência para as séries", pondera o relatório. O corte no emprego no setor de Serviços foi determinado pela retração no volume de novos negócios e pela contenção de gastos dos prestadores de Serviços.
Pollyanna afirma que os dados do PMI indicam que a economia brasileira caiu ainda mais em novembro. "Embora a recessão tenha se atenuado, o setor privado continua longe de uma estabilização. A demanda persistentemente fraca continuou a restringir a entrada de novos trabalhos e, como consequência, as empresas reduziram o volume de produção novamente", diz a autora do relatório.
O levantamento da consultoria aponta que, apesar de os preços ao consumidor no setor de serviços continuarem subindo em novembro, o ritmo de alta foi o menor em 13 meses.
"A inflação permanece elevada em todo o País, mas o Banco Central manteve a taxa básica de juros em 14,25% (nível mais alto em nove anos) na última reunião do ano, devido ao declínio da economia. No entanto, com dois dos oito integrantes votando a favor de um aumento da taxa Selic, o ciclo de aperto pode retornar em 2016", avalia a economista da Markit.