Petrobras encerra 2015 com 28 ações judiciais nos Estados Unidos
Dois fundos entraram com ação individual nesta quarta-feira, 30. Um deles foi o Manning & Napier, com sede no Estado de Nova York e US$ 37 bilhões de ativos sob gestão. O outro foi a gestora State Street Cayman Trust Company, com sede nas Ilhas Cayman. No dia 28, quem entrou com ação foi o fundo Janus Overseas Fund, da gestora Janus Capital, que tem sede no Estado do Colorado, nos Estados Unidos, e administra cerca de US$ 190 bilhões.
Os processos têm alegações semelhantes. A Petrobras burlou as regras do mercado acionário dos Estados Unidos ao não divulgar corretamente aos investidores o esquema de corrupção na empresa, investigado pela Lava Jato.
A empresa inflou ativos nos últimos anos para esconder as propinas e quando as denúncias vieram a público os preços dos papéis despencaram, provocando prejuízo para os investidores. A Petrobras tem papéis listados na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) e é uma das empresas mais negociadas no pregão.
Desde janeiro, 28 investidores resolveram entrar com ações individuais contra a Petrobras, número que surpreendeu o próprio juiz que cuida do caso, Jed Rakoff, de acordo com um comentário dele em um documento da Corte. Além disso, há uma ação coletiva, que representa todos os demais investidores. O julgamento está marcado para começar dia 19 de setembro.
Rakoff resolveu fazer um mesmo julgamento para as ações coletivas e as individuais. Por isso, ele estabeleceu o prazo até 31 de dezembro para que as ações que entrarem na Justiça dos Estados Unidos façam parte do julgamento. Os processos que entrarem a partir de janeiro vão ficar em espera, sendo avaliados apenas depois do julgamento.