O que passou voando
O ano voou e com ele se foi uma imensa medida do senso de estabilidade financeira que havíamos conquistado em passado tão recente. Em terra, a agenda econômica do mercado imobiliário deixou de ser o ritmo de aprovação de projetos para se tornar como será possível trafegar em meio a tantas crateras. Em verdade, o mercado de Fortaleza, se não tem um asfalto de Mônaco, também não é uma Transamazônica. Os líderes do setor falam sem cerimônia do quanto o ramo por aqui tem conseguido ser, digamos (como eles dizem), um “ponto fora da curva”. Neste caso, fora da curva e sem sair da estrada. A explicação clássica é a autorregulação. Teriam as empresas sabido lançar na proporção adequada para não desequilibrar oferta e procura. Olhando pelo ângulo de quem compra, bom porque empresas firmes dão segurança. Mas há algo mais. O poder de barganha também aumentou. Para medi-lo, só vai testando.