Ministro brasileiro elogia desvalorização do peso negada pelo BC argentino
Ambos participavam da Cúpula do Mercosul em Assunção. "O que houve foi uma valorização do peso. Era a medida que precisávamos tomar e a partir disso a situação se normalizará." A desvalorização não admitida por Sturzenegger reduziu o poder de compra do peso em 30%. A cotação oficial mantida artificialmente era de 9,8 pesos e passou a 14 na quinta-feira, baixando a 13,60 na sexta-feira.
Alheio à oposição argentina a esta nomenclatura, Monteiro afirmou que "uma taxa de câmbio realista é muito importante". "As medidas que estão sendo anunciadas são coerentes com as linhas da nova política econômica e o mercado está recebendo muito bem", afirmou. "A nossa avaliação tem de ser nesse espírito de sócios. O que for bom para o sócio é bom para o conjunto. Independentemente se alguém ganha ou perde no curto prazo, a saúde das economias é a melhor garantia que o comércio poderá ter dinamismo sustentável", disse.
Ao ser questionado se era a primeira vez que um representante do governo brasileiro oficialmente criticava a relação com a ex-presidente Cristina, Monteiro tangenciou. "O Brasil e a Argentina estão casados e seguem casados. Agora podem discutir a relação. Como toda boa relação, tem discussão e pode ter até divergência, mas esse casamento é indissolúvel na minha avaliação", afirmou. O governo de Cristina Kirchner se recusava a aceitar o uso da palavra "cepo", nome de uma tortura que imobiliza a vítima, para o controle cambial que exercia.