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Medidas do BCE eliminam risco de deflação na zona do euro, diz Coeuré

10:25 | 11/12/2015
A decisão do Banco Central Europeu (BCE) de cortar sua taxa de depósito e estender o atual programa de compras de ativos, anunciada no último dia 3, eliminou o risco de deflação na zona do euro, afirmou hoje Benoît Coeuré, integrante do conselho executivo do BCE.

"O maior risco de inflação já não está mais na mesa: era o risco de deflação, o risco de expectativas deflacionárias auto-sustentadas. Ou o risco de as pessoas permanentemente ajustarem sua expectativa de inflação no médio prazo", disse Coeuré a repórteres em Helsinque, capital da Finlândia.

Segundo Coeuré, sempre que houver risco de a inflação se afastar muito de 2%, o BCE poderá ajustar sua política, como fez na semana passada. Na ocasião, o BCE reduziu a taxa de depósito, de -0,2% para -0,3%, e ampliou o chamado programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) em seis meses, até março de 2017.

Há algum tempo, a inflação na zona do euro vem se mantendo em níveis muito baixos. Na comparação anual de novembro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do bloco teve alta marginal de 0,1%. Também na semana passada, o BCE previu que a inflação irá avançar para apenas 1,6% em 2017.

Coeuré afirmou também que a discussão do conselho diretor do BCE, na semana passada, foi "simples" e que houve "muito menos" controvérsia do que "os observadores possam imaginar".

A decisão do BCE mostrou um "consenso muito amplo" no conselho diretor de que o programa está funcionando, disse Coeuré, notando que há várias evidências disso.

Ainda de acordo com Coeuré, a decisão indica que o BCE é capaz de ajustar suas compras de ativos quando os riscos mudam. Pelo QE, o BCE vem comprando mensalmente até 60 bilhões de euros em ativos, formados principalmente por bônus soberanos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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