Levy defende diálogo, transparência e regras bem estabelecidas
Para "permitir que o mercado funcione como tem que funcionar", Levy defendeu o diálogo, a transparência e a definição de regras bem estabelecidas, medidas consideradas fundamentais para, ao lado do ajuste fiscal, garantir a confiança do empresariado. "Sabemos que, em havendo condições, o mercado responderá favoravelmente. Precisamos enfrentar os gargalos, como, por exemplo, é o caso da infraestrutura. Temos que trabalhar para que os investimentos privados sejam destravados", afirmou Levy, cuja presença no Enaiq estava prevista ao longo desta semana.
O ministro relembrou o êxito do governo ao licitar projetos portuários e usinas hidrelétricas nos últimos dias e destacou a necessidade de criação de um melhor ambiente no Brasil. Para tanto, defendeu a reforma do ICMS, atualmente em discussão no Congresso, e também do PIS/Cofins. "É uma reforma que estamos enviando para o Congresso brevemente e que já está na Casa Civil", explicou.
Ao estabelecer as "condições de robustez fiscal mínimas", as quais passam pelo avanço de projetos no Congresso, o governo prevê garantir a retomada da economia, da demanda e da confiança, além da acomodação da taxa de juros. Como reação, continuou o titula da economia, o crédito também será retomado. "Se conseguirmos vencer os desafios que existem, e que estão no Congresso inclusive, para alcançarmos o orçamento 2016 com elementos que deem tranquilidade a todo o País, tenho certeza de que a demanda vai voltar", disse Levy.
Com um cenário mais favorável, de acordo com o ministro, a prioridade do governo seria viabilizar reformas necessárias para o Brasil. "As reformas estruturais são fundamentais para que consigamos realmente pavimentar a trajetória de crescimento no Brasil", complementou Levy.