Leilão de energia existente negocia volume próximo à demanda
Assim como previsto, o maior volume da energia contratada não virá de projetos térmicos, uma vez que os valores determinados pela Aneel eram considerados pouco atrativos. Nenhum contrato com prazo de cinco anos foi assinado. No segmento térmico, a energia virá apenas de contratos com um ou três anos de validade, opções cujos preços iniciais eram mais elevados.
A maior parte da energia contratada hoje, contudo, virá de outras fontes. Destaque, na ponta vendedora, para o BTG, com a venda de 8,864 milhões de MWh, a um preço médio de R$ 148,87/MWh. O leilão movimentou um total de 47,018 milhões de MWh, por um valor consolidado de R$ 6,948 bilhões.
De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o produto quantidade para contratos de três anos ficou com preço médio de R$ 147,31/MWh, deságio de 1,13% sobre o valor estabelecido pela Aneel. "O maior deságio, de 5,65%, foi verificado no produto por disponibilidade para contratos de três anos de duração, no qual foram negociados 24 MW médios com preço médio de R$ 129,25/MWh", informou a CCEE. A negociação do produto disponibilidade para contratos de um ano de duração envolveu 250 MW médios, ao preço médio de R$ 162,47/MWh, com deságio de 2,71%.
Eletropaulo
Na ponta compradora, o principal destaque ficou por conta da AES Eletropaulo, que a partir de 2016 deixará de contar com energia fornecida pela AES Tietê. Sozinha, a companhia respondeu por 55,1% da energia vendida no leilão. Light e Ampla também aparecem entre os maiores compradores.