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Exportação de carne de frango em 2015 deve crescer 4% ante 2014, diz ABPA

12:35 | 09/12/2015
As exportações de carne de frango devem encerrar 2015 com um total de 4,26 milhões de toneladas embarcadas, estima a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o que significa um crescimento de 4% na comparação com o volume exportado em 2014. Segundo projeção da entidade, a receita das vendas externas da proteína neste ano (considerando o frango inteiro, cortes, processados e congelados) deve alcançar US$ 7,1 bilhões, queda de 11% na comparação com o ano passado.

De janeiro a novembro, as exportações brasileiras de carne de frango tiveram alta de 4,1% em volume, a 3,9 milhões de toneladas. O saldo em dólares, porém, foi de US$ 6,569 bilhões, montante 11,4% abaixo do observado nos primeiros 11 meses de 2014. Em reais, as receitas chegaram a US$ 21,617 bilhões.

A produção de frango deverá alcançar 13,136 milhões de toneladas em 2015 o que representa alta de 3,5% ante 2014. O consumo per capita de frango deverá crescer 1,05% para 43 kg em 2015, segundo a ABPA.

"Se a economia do País estivesse normal, poderíamos ter crescido mais este ano. O que impediu um crescimento maior foi a crise. Mas foi exatamente neste ano, que o Brasil conseguiu superar o segundo maior produtor do mundo (China). Agora, somos o maior exportador do mundo e o segundo maior produtor", afirmou em entrevista coletiva que ocorre na manhã desta quarta-feira, 9, em São Paulo, o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.

Para 2016, a ABPA projetou um avanço do volume exportado de 3% a 5%. Turra afirmou que, para o próximo ano, a associação pretende focar na abertura de novos mercados como Taiwan e República Dominicana e também ampliar o número de unidades na China.

Habilitação

Atualmente, 14 unidades de frigoríficos de carne de aves estão no processo de habilitação para exportar para a China. Estas unidades se somariam a outras 31 que já vendem para o país asiático, segundo o vice-presidente da ABPA, Ricardo Santin. Além da avicultura, outras unidades de carne de suínos, cerca de 4 delas, também estão neste processo e a previsão é que a liberação ocorra em 2016. No momento, são oito frigoríficos habilitados.

"O mercado chinês é bastante promissor e deve ocupar mais espaço nas nossas exportações", afirmou o vice-presidente de Suínos, Rui Eduardo Saldanha Vargas.

"A China, assim como Taiwan, deve enfrenta dificuldades com sua produção local no segundo semestre porque o surto de gripe aviária impediu esses países de importarem matrizes dos Estados Unidos e da União Europeia", acrescentou Santin. Os EUA e a União Europeia são os principais exportadores de matrizes e ambas regiões enfrentam surto de gripe aviária, dificultando as exportações.

Ainda sobre as novas possibilidades de mercados para as exportações brasileiras de aves, Santin citou a Austrália e a Nova Zelândia, que são países com os quais a associação pretende iniciar as tratativas para a abertura de mercado.

Carne suína

A ABPA projetou também que as exportações brasileiras de carne suína devem terminar o ano de 2015 com um total de 550 mil toneladas embarcadas, alta de 8,9% na comparação com o registrado no ano passado. Apesar da alta em volume, a receita das vendas externas da proteína em dólar deve recuar 20%, alcançando US$ 1,2 bilhão. Em reais, o avanço projetado é de 14%, para R$ 4,3 bilhões. De janeiro a novembro, as exportações de carne suína já totalizam 435 mil toneladas e US$ 1,1 bilhão.

Em entrevista coletiva, o vice-presidente de suínos da ABPA, Rui Vargas, destacou o maior importador foi a Rússia, com 45% das exportações brasileiras, e que a novidade foi a entrada do Uruguai.

Para 2016, a ABPA estima que a produção de suínos do País deve crescer de 2% a 3% em 2016, ante 3,643 milhões de toneladas projetados para 2015. Com isso, o volume exportado deve crescer na mesma proporção.

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