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Déficit comercial dos EUA sobe para US$ 43,89 bilhões em outubro

10:55 | 04/12/2015
O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou para US$ 43,89 bilhões em outubro, com as exportações voltando a declinar, no mais recente sinal de que a desaceleração global tira apetite dos estrangeiros pelos produtos feitos no país. O déficit comercial aumentou 3,4% ante o mês anterior, segundo o Departamento do Comércio. As exportações recuaram 1,4%, para um mínimo em três anos, enquanto as importações tiveram queda de 0,6%.

O relatório de hoje mostrou, também, que o déficit comercial de setembro foi maior que o antes calculado: ele foi de US$ 42,64 bilhões, não de US$ 40,81 como antes divulgado.

Economistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam déficit de US$ 40,5 bilhões em outubro.

Os dados do comércio são imprecisos e costumam variar a cada mês. Observando-se um período mais longo, o déficit comercial dos EUA aumentou em 5,3% nos primeiros dez meses do ano, na comparação com igual período de 2014, devido a fatores ligados ao crescimento mundial modesto.

As exportações, que reagiram um pouco em setembro, recuaram diante da demanda fraca no exterior e do dólar forte, que influiu no preço dos produtos norte-americanos. As exportações recuaram 4,3% neste ano, na comparação com os dez primeiros meses do ano passado. A tendência pode continuar, já que os estímulos dos bancos centrais globais devem pesar mais sobre a moeda dos EUA.

As importações também pioraram, em queda de 2,6% na mesma comparação anual de dez meses. A queda se deve parcialmente à queda nos preços do petróleo, diante do excesso de oferta nos mercados globais.

As exportações representam apenas cerca de 12% da produção econômica dos EUA e a economia continuou a crescer, apesar desses números fracos da balança comercial. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA avançou 2,1% no terceiro trimestre, em números anualizados.

O déficit gera também implicações políticas, levando a oposição a se opor a um acordo de livre comércio fechado pelo governo do presidente Barack Obama com 11 nações do Pacífico. O governo precisa da aprovação do Congresso para a iniciativa. Fonte: Dow Jones Newswires.

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