CSN demitirá 3 mil e reduzirá 35% de contratos com fornecedores, diz sindicato
O argumento da companhia é que o estoque está baixo e as vendas de aço no mercado interno caíram drasticamente. Além disso, a CSN informou aos sindicalistas que o mercado externo não compensa as perdas no mercado doméstico. Procurada, a CSN não comenta a informação.
"Diante disso, o sindicato não aceita, de maneira alguma, essas demissões arbitrárias. Esse é o nosso posicionamento. Tomaremos todas as medidas legais e políticas para que tal fato não aconteça. Mobilizaremos toda a cidade, conclamando as autoridades políticas e entidades civis", informou o sindicato em comunicado oficial.
O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que o conselho de administração da CSN está reunido nesta tarde para discutir a medida. A companhia pode decidir entre desligar o forno ou fazer uma parada temporária para manutenção e depois reavaliar as condições de mercado, segundo fontes. A capacidade instalada de produção da CSN é de 5,6 milhões de toneladas por ano e o alto-forno 2 responde por 30% do total da unidade.
A CSN tem três altos-fornos, mas o mais antigo deles já havia sido desativado durante o processo de privatização da companhia nos anos 1990. Em Volta Redonda, funcionam atualmente o alto-forno 2 e o 3, que representam os 70% restantes da produção da fábrica. De acordo com uma fonte, os dois equipamentos não operam atualmente com 100% de sua capacidade, por isso não é possível afirmar que a parada do segundo forno redundará necessariamente no corte de 30% dos 10 mil funcionários diretos da usina. A companhia emprega outros dez mil funcionários terceirizados em Volta Redonda, contratados por empreiteiras.