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Centrais sindicais se posicionam contra reformas que penalizem trabalhador

11:15 | 23/12/2015
A Força Sindical posicionou-se de forma contrária a quaisquer "reformas feitas na calada da noite". Em nota divulgada nesta quarta-feira, 23, a entidade afirma que "causou estranheza o anúncio do governo de que fará reformas trabalhista e previdenciária estabelecendo um limite para idade para a aposentadoria, apenas para mostrar ao mercado que realmente vai buscar o equilíbrio fiscal".

Em teleconferência com jornalistas estrangeiros ontem, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que pretende se esforçar com reformas mais amplas, como a da Previdência e da legislação trabalhista.

"Mais uma vez, o governo quer fazer uma reforma nas costas do trabalhador. No final do ano passado, o governo editou duas medidas provisórias, MPs 664 e 665, com o intuito de fazer um ajuste fiscal, mas que penalizou muito, e tão somente, os trabalhadores. Repudiamos estas reformas feitas na calada da noite. Toda e qualquer modificação nas leis que regem as áreas trabalhista e previdenciária devem ser feitas de forma democrática e transparente e com os legítimos representantes dos trabalhadores", diz a nota da Força.

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) também divulgou nota na qual nega a existência de negociação sobre possíveis reformas trabalhistas e previdenciárias para 2016. A entidade cita declaração do ministro Nelson Barbosa à imprensa na qual teria afirmado que a pauta das reformas tem sido discutida junto ao movimento sindical no Fórum Nacional de Previdência e Trabalho. "O ministro está mal informado ou mal-intencionado", diz a nota da CSB, destacando que não há por parte das centrais sindicais qualquer possibilidade de negociação de nenhuma restrição nos direitos dos trabalhadores.

"O governo tem muita gordura para queimar diminuindo a drenagem de recursos públicos para o rentismo, baixando os juros e promovendo a política econômica desenvolvimentista que foi prometida e escolhida pelo povo brasileiro na última eleição", destaca a nota da central.

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