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BC do Japão diz que novas medidas são suplementares, não relaxamento

06:35 | 18/12/2015
O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, disse nesta sexta-feira que uma série de medidas anunciadas mais cedo não representavam um relaxamento adicional, ressaltando que o banco central teria adotado ações decisivas se o crescimento e os preços estivessem fracos. "As medidas vão permitir a implementação tranquila do atual relaxamento monetário", disse ele.

"Se os riscos ao crescimento e aos preços aumentarem ou se materializarem, e se medidas adicionais de relaxamento se tornarem necessárias diante disso, eu certamente acho que nós teremos que tomar medidas arrojadas", afirmou Kuroda em entrevista coletiva.

As medidas anunciadas na sexta-feira, após a reunião de política monetária, incluem a extensão no prazo de vencimento dos bônus do governo japonês que estão sendo comprados pelo BoJ e o aumento no montante de suas compras de ETFs (fundos de índices de ações, na sigla em inglês).

Alguns investidores inicialmente interpretaram as medidas como estímulo adicional, mas Kuroda disse que eles eram de natureza "suplementar". A economia japonesa e a inflação estão na rota correta e o BoJ quer apenas garantir que será capaz de implementar com tranquilidade seu grande programa de compra de ativos e que os benefícios da política se disseminarão mais rapidamente pela economia, afirmou ele.

Kuroda disse que o BoJ não pretendia esperar até que o Federal Reserve anunciasse - como fez nesta semana - uma alta em sua taxa de juros para divulgar as medidas.

O presidente do BoJ acrescentou que, ainda que as expectativas de inflação no curto prazo estejam recuando no Japão diante da queda nos preços globais do petróleo, as expectativas de preços para o médio e longo prazos "não declinaram muito". "A meta de inflação de 2% pode ser atingida depois do segundo semestre do ano fiscal de 2016", afirmou. Ele apontou, ainda assim, que o cumprimento da meta de inflação depende dos preços do petróleo.

Ao falar sobre o estado das economias emergentes, Kuroda disse que não esperava que a desaceleração nesses países tivesse um impacto muito sério na economia do Japão. Fonte: Dow Jones Newswires.

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