Banco Central da Alemanha reduz fortemente projeções para inflação
Os dados sugerem que, mesmo em uma das economias mais fortes da zona do euro, a inflação permanecerá fraca durante algum tempo, em uma mostra do desafio diante do Banco Central Europeu (BCE) no momento em que ele tenta impulsionar a inflação no bloco de 19 países.
O Bundesbank disse que prevê inflação de 0,2% neste ano na Alemanha, de 1,1% no próximo e de 2,0% em 2017. Em seu relatório de junho, o BC alemão previa inflação de 0,5% neste ano, 1,8% no próximo e de 2,2% em 2017.
"O ajuste para a trajetória esperada dos preços reflete em grande parte a renovada queda nos preços do petróleo, que não era esperada em junho", disse o Bundesbank.
O BC alemão estava em geral otimista sobre o crescimento da maior economia da Europa. Quando ajustado para os dias trabalhados, o banco central disse que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceria 1,5% neste ano, 1,7% no próximo e 1,9% no seguinte. Isso em grande medida coincide com a previsão de junho, com a única alteração na expectativa para 2017, elevada em 0,2 ponto porcentual.
O presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, disse que os principais motores da economia alemã são "a situação favorável no mercado de trabalho e a alta substancial na renda disponível das famílias". Por outro lado, Weidmann apontou que o comércio com o exterior tem sido atingido pela demanda fraca das economias emergentes. Ainda assim, as exportações para fora da zona do euro devem reagir, com o crescimento econômico dentro da zona do euro ganhando certo impulso. A economia alemã, de qualquer modo, deve continuar a se destacar nos próximos dois anos, avaliou o ministro. O Bundesbank também disse que o "grande influxo de refugiados" mudou a taxa de crescimento potencial do país, de 1,3% para 1,2%. Fonte: Dow Jones Newswires.