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ANP leiloa campos terrestres de petróleo e arrecada R$ 4 milhões

10:25 | 11/12/2015
Mesmo com o petróleo em queda livre, com o barril cotado na casa de US$ 40, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) conseguiu vender 9 das 10 concessões de áreas marginais oferecidas na quinta-feira, 10, na segunda etapa da 13.ª Rodada de Licitações. Em outubro, na primeira fase do leilão, quando o foco eram as grandes multinacionais do petróleo, apenas 14% das áreas foram concedidas.

Dessa vez, no entanto, a agência flexibilizou as regras e apostou no interesse dos pequenos investidores. Em cerca de duas horas, arrecadou R$ 4,248 milhões e garantiu o investimento mínimo de R$ 7,8 milhões pelas empresas vencedoras.

O ágio chegou a 3.000%, com a oferta de R$ 2,57 milhões da construtora EPG Brasil pelo campo de Barra Bonita, no Paraná. "O resultado mostra o apetite de uma indústria de pequenas empresas do setor de petróleo, que busca áreas de oportunidade em terra, com o objetivo de começar a produção", afirmou a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, após a conclusão da concorrência.

No grupo de empresas vencedoras não figurou nenhuma das tradicionais petroleiras. Algumas são estreantes no setor, como a carioca Newo Equipamentos, outras aproveitaram o leilão para reforçar a atuação regional em campos terrestres, como a Alvopetro, Engepet e Imetamet.

Descobertas

Na concorrência de quinta-feira, foram oferecidas, ao todo, dez áreas distribuídas em seis bacias sedimentares, localizadas nos Estados da Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Norte. Em todos os campos, já havia sido descoberto reservas de petróleo e gás natural.

Alguns, chegaram a iniciar produção, mas tiveram a atividade interrompida porque as antigas concessionárias consideraram que o negócio não seria economicamente viável. "Esperávamos que todas as áreas despertassem interesse (de investidores)", disse a diretora-geral da agência.

Magda evitou antecipar a informação se uma nova rodada de licitações, inclusive no pré-sal, vai acontecer no ano que vem.

O governo chegou a anunciar que realizaria ao menos uma licitação por ano, mas, por conta da queda do preço do barril do petróleo e também diante da dificuldade da Petrobras de participar das concorrências, por conta de limitações financeiras, voltou atrás e já não informa se vai manter os leilões.

A diretora da ANP repassou o anúncio da decisão para o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e disse apenas que "há áreas possíveis para licitar".

O dinheiro arrecadado ontem vai entrar no cofre da União ainda neste ano, segundo a ANP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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