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Vontade dos filhos influencia presentes de Natal, diz SPC

Cinco porcento dos pais admitem que vão deixar de pagar alguma conta para bancar os presentes dos filhos. Se o presente não agradar, metade dos pais se compromete a cumprir o desejo do filho em outra data

11:20 | 26/11/2015

Os desejos de consumo dos filhos exercem muita influência sobre os pais, mesmo com a crise impedindo brasileiros de gastarem um pouco mais neste Natal. É o que diz um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O resultado revelou que, na maior parte dos casos, a escolha do presente de Natal para as crianças é feita exclusivamente pelos pais (48,1%).

Não se pode, contudo, minimizar a influência dos filhos no processo decisório. Em 48,5% dos casos eles participam de alguma maneira na escolha do presente que vai ganhar: 38,6% dos pais entrevistados disseram que a decisão é feita em conjunto entre os filhos e eles e outros 9,9% confessaram que é a criança quem decide sozinha o presente que irá ganhar na data.

Segundo o SPC, a pesquisa mostrou também que 4,6% dos pais deixam de pagar alguma conta para satisfazer vontade dos filhos, sendo que as despesas mais afetadas serão as básicas, como água, luz e telefone (2,3%). E, sem controlar os gastos, alguns pais correm o risco de terminar o ano no devendo.  

E se o presente de Natal não agradar a criança? O estudo do SPC Brasil mostra ainda que em caso do presente recebido não agradar o gosto do filho, a frustração é compensada em quase metade dos casos (49,7%) por meio de uma barganha. Ou seja, os pais se comprometem em dar o presente desejado em outra ocasião.

Em 23,1% dos casos os pais relataram que os filhos ficam tristes e frustrados, mas logo se esquecem do pedido ou não pedem outro presente no lugar. Há, no entanto, casos mais extremos. A pesquisa mostra que 1,3% dos pais ouvidos no levantamento admitem que em situações assim seus filhos geralmente choram, fazem birra e até chantageiam os pais na esperança de ganhar o presente desejado.

Metodologia

Para mapear o comportamento de consumo dos pais nas compras de Natal, o SPC Brasil entrevistou 601 consumidores de ambos os sexos e de acima de 18 anos e todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%. Isso significa que em 100 levantamentos com a mesma metodologia, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões.

Redação O POVO Online

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