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Risco de prejuízo era de 98%

O diagnóstico de prejuízo foi dado pela consultoria Wood Group Mustang Engineering Inc (WGMI) em julho de 2013

11:49 | 11/11/2015

De acordo com a auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), há dois anos, a diretoria da Petrobras decidiu continuar com os projetos das refinarias Premium I, prometida para o Maranhão, e Premium II, no Ceará, mesmo sabendo que o risco de prejuízo era de 98%.

O diagnóstico de prejuízo foi dado pela consultoria Wood Group Mustang Engineering Inc (WGMI) em julho de 2013. A empresa, contratada para otimizar os dois projetos - que após várias revisões já estavam custando mais de US$ 44 bilhões -, conseguiu melhorar os custos, baixando o valor total para US$ 33,7 bilhões. Ainda assim, o risco de prejuízo era de 98,4% para a Premium I e de 97,9% para a Premium II.

Em fevereiro de 2010, a diretoria assinou a contratação da terraplenagem da refinaria Premium I. O contrato de R$ 711 milhões foi firmado com um consórcio liderado pela Galvão Engenharia, empresa investigada na Operação Lava-Jato de participar do cartel de corrupção envolvendo diretores da Petrobras.

Naquele mesmo ano, a estatal comprometeu mais US$ 425 milhões na contratação de licenciamento de uso de tecnologia e projeto básico, assistência técnica e serviços de engenharia de pré-detalhamento, conhecido no setor como Feed (Front End Enginnering Design).

Os projetos das refinarias premium nasceram em 2006 e surgiram da ideia de processar petróleo pesado nacional, de valor agregado reduzido, para produzir derivados que atendessem especificações internacionais.

Desde a contratação da terraplenagem, em 2010, quase nada aconteceu até julho de 2013, quando a diretoria se deparou com o imenso risco de prejuízo. Para não ter de assumir o fracasso - como acabou fazendo -, foram sugeridos vários ajustes, considerados pelo TCU como insuficientes para colocar de pé os projetos.

 

Redação O POVO Online com Agências

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