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Reduções de custos terão impacto em 2015 e 2016, diz diretora da Petrobras

13:25 | 13/11/2015
As reduções de custos na área de Exploração e Produção devem ter efeito no resultado financeiro da Petrobras neste e no próximo ano, informou nesta sexta-feira, 13, a diretora da área, Solange Guedes, em teleconferência com analistas de mercado sobre resultado financeiro do terceiro trimestre.

Toda a Petrobras e, principalmente, a área de E&P, trabalha na revisão dos valores de contratos firmados com os seus fornecedores. A intenção é aproveitar a queda do preço do petróleo e o consequente enfraquecimento da indústria para rever os preços de equipamentos e serviços.

Solange informou que a empresa já trabalha para garantir a produção de petróleo em 2017. "Para a Petrobras, o ano de 2017 é hoje", afirmou. A diretora admitiu que as projeções de produção para 2020 poderão ser revistas.

Reservas

A diretora disse, ainda, que a companhia deverá revisar suas estimativas de reservas em janeiro de 2016. Segundo ela, esse processo é regular na companhia e segue critérios internacionais e específicos das regiões onde a estatal atual.

"O processo de quantificação de reservas e estimativas é regular. Nós seguimos critério da SEC e critérios locais de lugares onde atuamos. Essa apuração ainda não foi feita, está em andamento e levaremos a conhecimento no final do mês de janeiro de 2016", afirmou.

Mitsui

O diretor Financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, informou que espera concluir até o final do ano o processo de venda da Gaspetro, subsidiária com participações em distribuidoras estaduais de gás natural. A companhia já anunciou acordo com a japonesa Mitsui no valor de R$ 1,9 bilhões.

"Em relação à Mitsui a conclusão está na dependência de autorização regulatória, em especial do Cade. O processo está sendo acompanhado muito de perto pela companhia. Nossa melhor expectativa é fechamento ainda esse ano", afirmou Monteiro.

Segundo ele, as análises regulatórias foram consideradas pela diretoria durante o processo de negociação. "Do ponto de vista jurídico é um processo formal de governança dos órgãos de regulação", explicou.

Questionado sobre alternativas de financiamento da Petrobras, Ivan Monteiro descartou utilizar as reservas em óleo da companhia como garantia em transações de securitização. Segundo o executivo, a opção estudada é utilizar o fluxo de exportação da empresa. "Em relação a outras alternativas de funding, a securitização de reservas está totalmente descartada", garantiu.

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