Confiança do comércio sobe 4,6 pontos em novembro
A melhora do indicador de confiança no mês foi determinada tanto pelo aumento do grau de satisfação com o presente quanto pelo maior otimismo em relação aos meses seguintes
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 4,6 pontos em novembro ante o mês anterior, para 65,9 pontos, divulgou na manhã desta quinta-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado interrompe uma sequência de cinco quedas consecutivas, que tinham levado o índice à mínima histórica em outubro, de 61,3 pontos.
O índice de novembro é o terceiro menor da série iniciada em março de 2010. A melhora do indicador de confiança no mês foi determinada tanto pelo aumento do grau de satisfação com o presente quanto pelo maior otimismo em relação aos meses seguintes.
O Índice da Situação Atual (ISA-COM) subiu 5,1 pontos em novembro, para 59,1 pontos, após ter recuado 6,5 pontos em outubro. O ISA está no segundo menor nível da série, superando apenas os 54,0 pontos registrados em outubro.
Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 3,8 pontos, para 73,7 pontos, depois de atingir o menor valor da série no mês anterior.
A coleta de dados para a edição de novembro da sondagem foi realizada entre os dias 3 e 24 deste mês e obteve informações de 1.210 empresas.
O avanço na confiança do comércio na passagem de outubro para novembro não muda o quadro desfavorável para o setor. Apesar da evolução registrada no mês, os indicadores permanecem em patamares muito baixos, ressaltou a FGV.
"O resultado positivo de novembro, ainda que disseminado entre os segmentos do comércio, é insuficiente para alterar o cenário ainda desfavorável do setor. Os indicadores permanecem em patamar muito baixo, refletindo a fragilidade da demanda interna num contexto de aumento do desemprego e de inflação elevada", avaliou, em nota, o economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
A alta de 5,1 pontos no Índice da Situação Atual (ISA-COM) em novembro foi bastante influenciada pelo item que mede o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios, que subiu 8,1 pontos no mês.
No Índice de Expectativas (IE-COM), o avanço de 3,8 pontos em novembro foi puxado, principalmente, pelo item que capta o grau de otimismo com as vendas nos três meses seguintes, que cresceu 8,9 pontos.
Agência Estado