Comando de greve no RS garante transporte de ração, leite e animais vivos
Os transportadores pedem redução no preço do óleo diesel, uma tabela de preços mínimos para o frete e a saída da presidente Dilma Rousseff.
Na paralisação ocorrida no início do ano, entre os meses de fevereiro, março e abril, os bloqueios efetuados em trechos de estradas estaduais e federais prejudicaram diversos segmentos do agronegócio e comprometeram o abastecimento de comida e combustível em muitas cidades.
Roque, uma das lideranças do Comando Nacional do Transporte, é caminhoneiro de Santa Rosa, no noroeste gaúcho. Segundo ele, no final desta manhã as estradas do Rio Grande do Sul tinham cerca de 20 pontos de concentração de motoristas que decidiram parar as atividades por tempo indeterminado. "Mas a adesão foi tão voluntária que muitos pararam os carros na frente de suas casas; outros entregaram as chaves para os patrões. O fluxo nas rodovias é pequeno", disse.
Grande parte das entidades que representam a categoria dos caminhoneiros autônomos não apoia a mobilização e critica o fato de a principal reivindicação do ato ser política - a saída da presidente Dilma.
Desde a madrugada desta segunda-feira, há relatos de manifestação em diversos pontos de rodovias federais e estaduais no RS. Em alguns trechos houve queima de pneus. No final da manhã, havia registro de protesto em estradas como a BR-386 (Soledade), BR-392 (Pelotas), BR-285 (Carazinho), RS-122 (Farroupilha) e RS-287 (Santa Cruz).
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), em alguns pontos de manifestação não há bloqueio e os caminhoneiros são apenas convidados a estacionar nas áreas de concentração. Em outros, no entanto, os veículos com carga não perecível são obrigados a parar. Por enquanto, as abordagens ocorrem de forma pacífica.