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Com chuva forte, manifestações de caminhoneiros perdem força no RS

12:30 | 10/11/2015
A chuva forte que atinge diversas cidades do Rio Grande do Sul nesta terça-feira, 10, contribui para reduzir a intensidade das manifestações dos caminhoneiros autônomos no Estado. Segundo boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal às 12 horas, o RS tem 11 pontos de protestos em seis rodovias federais - BR-285, BR-472, BR-116, BR-386, BR-392 e BR-293. Em nenhum deles, no entanto, há interdição da estrada. Os motoristas que decidem participar espontaneamente do ato deixam as carretas paradas nos postos de gasolina ou nos acostamentos. Com o mau tempo, diminuiu a abordagem aos colegas que passam pelos pontos de concentração.

No que se refere às rodovias estaduais, no final da manhã o Comando Rodoviário da Brigada Militar reportava manifestações na RS-223, na altura da cidade de Ibirubá (noroeste), e na RS-287 em Santa Cruz do Sul (região central). Nos dois pontos, os motoristas que estão paralisados convidam pacificamente os caminhoneiros que passam pelo local a parar e se juntar ao grupo. O trânsito de ônibus, ambulâncias e carros de passeio está liberado.

As autoridades reforçaram o policiamento no Rio Grande do Sul após alguns incidentes na noite da segunda-feira, 9. Na cidade de Três Cachoeiras, no litoral norte gaúcho, o motorista de um caminhão foi apedrejado e tombou o veículo quando tentou furar um bloqueio. Outros dois caminhões também foram apedrejados ao passarem por manifestantes em Camaquã, no centro sul do Estado.

O empresário Cesar Paulo Philippsen, de 49 anos, tem uma pequena frota com seis caminhões de transporte de carga na cidade de Santo Augusto, no noroeste do Rio Grande do Sul. Ele contou que todos os seus motoristas estão em casa. "Somos totalmente favoráveis à greve e estávamos articulando alguma movimentação na rua, mas a chuva atrapalhou", disse.

Segundo ele, a ameaça de multa também inibiu os manifestantes em algumas regiões. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse na segunda-feira que os caminhoneiros que interditarem as estradas serão multados em R$ 1,915 mil. A categoria deflagrou greve para protestar contra o governo e pedir a saída da presidente da República, Dilma Rousseff.

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