Anfir prevê estabilidade para vendas de implementos rodoviários em 2016
"Não cremos em uma continuidade das quedas no ano que vem, em função do patamar que já chegamos", disse. Segundo o presidente da Anfir, a entidade trabalha junto ao governo para garantir linhas de créditos adequadas e a participação mais expressiva do BNDES no financiamento dos implementos rodoviários em 2016.
Em relação às linhas de crédito, a Anfir defende a volta da modalidade do Finame pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Nesse formato, o BNDES empresta os recursos com custo da TJLP mais um spread que historicamente fica próximo a 1% ao ano, além da taxa de intermediação dos agentes financeiros, que pode ser de até 4% ao ano.
"Com a TJLP em torno de 7% teríamos uma taxa anualizada de 12% a 13%", calculou Braga. "Nosso principal pleito, além disso, é retomar aos patamares históricos de financiamento por parte do BNDES, entre 70% e 90%. Não impactar o fluxo de caixa das empresas seria uma motivação a mais", disse.
Caso as negociações com o governo em relação às linhas de crédito e ao financiamento por parte do BNDES não evoluam conforme o esperado, Braga afirmou que a tendência é de aumento nas dificuldades do setor para 2016. No entanto, o executivo ressaltou que a Anfir também busca alternativas junto aos bancos privados, de modo a obter linhas de crédito alternativas ao Finame.
Braga ainda ressaltou que a tendência de aumento nas exportações de commodities e produtos agrícolas anima a entidade, uma vez que a demanda por implementos rodoviários tende a ser mais forte.