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AIE prevê que crescimento da demanda global por petróleo vai diminuir em 2016

06:55 | 13/11/2015
A Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou que a demanda global por petróleo irá desacelerar no próximo ano, diante da perspectiva mais fraca para a economia mundial e do excesso de oferta no mercado. A AIE disse que o crescimento na demanda global deve desacelerar para 1,2 milhão de barris por dia em 2016, após atingir 1,8 milhão de barris diários neste ano.

No quarto trimestre deste ano, a AIE prevê que a demanda por petróleo fique em 1,5 milhão de barris por dia. No próximo ano, as condições econômicas devem seguir problemáticas em países como China e fatores que recentemente impulsionaram o consumo devem ter menos impacto, segundo a entidade.

Os estoques comerciais dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ficaram em nível recorde, perto de 3 bilhões de barris, no fim de setembro, mesmo no momento em que o mercado de petróleo se ajusta ao barril na casa dos US$ 50. "O resultado líquido está inundando os estoques de petróleo, que oferecem uma proteção sem precedentes contra choques geopolíticos ou problemas inesperados na oferta", afirmou a AIE, que aconselha nações industrializadas na questão da energia.

Apesar da resistência de produtores como a Rússia, a oferta de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deve diminuir em mais de 600 mil barris ao dia no próximo ano. A oferta de petróleo leve dos EUA, o motor do crescimento de fora da Opep, deve recuar em 600 mil barris diários no próximo ano, prevê a AIE.

A oferta da Opep manteve-se estável em outubro, em 31,76 milhões de barris ao dia, com recuos no Iraque e no Kuwait compensados pela oferta maior de Líbia, Arábia Saudita e Nigéria, apontou a AIE. A demanda por petróleo da Opep no próximo ano aumentou em 200 mil barris ao dia na comparação com o relatório do mês passado da AIE, que previa 31,3 milhões de barris ao dia.

A AIE acrescentou ainda que a Arábia Saudita não mostra sinais de reverter sua política de lutar por sua fatia de mercado, em vez de se concentrar no preço da commodity. Fonte: Dow Jones Newswires.

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