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Projetos de grife

01:30 | 31/10/2015
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Os projetos representam entre 1% e 1,5% do Valor Global de Vendas (VGV) de um empreendimento. São vários, como elétrico, hidráulico, paisagístico e arquitetônico. Nesses dois últimos, aparecem as grifes nacionais, assinaturas de referência, que chegam a custar o dobro ou o triplo da média do mercado local. Para as construtoras, elas são garantias de inovação, qualidade e valor agregado à construção.

[SAIBAMAIS 1]

 

É por isso que o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba, assina o projeto da Cidade Cauype, cidade planejada da Luciano Cavalcante Imóveis, lançada semana passada entre o Porto do Pecém e a Praia do Cumbuco. É o que diz Luciano Cavalcante Filho, diretor da empresa. “Se você quer um negocio direito, tem que ser com os melhores profissionais do Brasil. Uma cidade planejada, precisa do melhor, que é o Jaime Lerner. É aposta na qualidade. E também na grife. Você tem experiência assinando o projeto”.


Ele diz que seu público-alvo compreende o valor de um projeto assinado por Lerner, o que faz dele um diferencial na comercialização do imóvel. “Os clientes que são esclarecidos entendem o que representa, que é sinal de qualidade”, afirma Luciano.


Fábio Albuquerque, diretor de Incorporações da BSPar, concorda que as grifes funcionam como argumento de venda. Ele afirma que a política da empresa é de sempre divulgar os nomes dos parceiros – sejam locais ou de fora – mas que há aqueles que se sobressaem. “Esses realmente trazem um valor para o cliente, se tornam um argumento de venda. Talvez não seja decisivo, mas compõe. Um Benedito Abbud, com certeza, agrega”. Abbud, paisagista paulista, é o grande nome nacional na área, que assina o projeto paisagístico do BS Design, empreendimento comercial na avenida Desembargador Moreira.


Porte

Conforme Fábio, o valor e o porte de um projeto como de Benedito Abbud faz com que seja mais fácil contratá-lo para empreendimentos de maior VGV e mais área comum disponível. Entretanto, frisa que não é impossível que ele esteja em outros. Da própria BSPar, o paisagista também assina o Esquina das Silvas, condomínio residencial em construção entre as ruas Silva Jatahy e Silva Paulet. “É mais fácil trazer nomes de fora quando o projeto tem certo porte. Em projeto mais simples, talvez eu não consiga pagar para trazer esse projetista. Tem que ter área também”.

 

Ticiana Rolim, diretora comercial e de marketing da C. Rolim Engenharia, lembra que os clientes valorizam cada vez mais as áreas comuns do condomínio, justificando a aposta em grandes nomes para projetos diferenciados. “A gente passou a investir muito nas áreas comuns. As pessoas preferem resolver lazer e esporte no condomínio. Essas pessoas têm muita experiência, ideias diferentes”, explica.


Com cerca de oito projetos assinados por Benedito Abbud, ela elogia a forma de trabalho. “Ele viaja com a gente na ideia. Entende que os nomes dos empreendimentos nascem do conceito, como o Paço dos Pássaros (residencial na rua Marcos Macêdo). Quando digo para ele que há um projeto, ele brinca que sói começa quando tivermos o nome”.

 

Bate-pronto

 

Benedito Abbud, paisagista


1 - O que faz um paisagista tornar-se referência?

Muito trabalho, muita pesquisa, muita perseverança, muita ousadia com os pés no chão, muita leitura. Estar muito antenado pra saber o que está acontecendo no mundo.

2 – O que o senhor considera referência do seu trabalho?

Respeitar e encantar as pessoas que vão usar o espaço que estou projetando. Pessoas de todas as idades, de todos os bolsos de todas as culturas e religiões. Respeitar e buscar melhorar sempre o meio ambiente e a paisagem. Buscar transformar o projeto numa gentileza urbana.

3 – O senhor considera que o nome Benedito Abbud é uma grife?

Fico muito feliz que nosso nome seja conhecido no Brasil. Acredito que seja pela seriedade do nosso trabalho e a preocupação com as cidades brasileiras e seu povo.

 

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