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MDIC atribui queda das importações e superávit a desaquecimento da economia

17:20 | 01/10/2015
O desaquecimento da economia é o principal responsável pela forte queda nas importações do País, o que se refletiu sobre o resultado da balança comercial de setembro, que registrou superávit de US$ 2,944 bilhões, o melhor número para o mês desde 2011. A avaliação é do diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Herlon Brandão. A queda nos importados foi de 32,7% em comparação a setembro de 2014.

De acordo com o diretor, ainda é cedo para definir de forma clara qual o impacto da alta do dólar na balança comercial. Ele ressaltou, entretanto, que a variação do câmbio observada nos últimos meses encarece a importação. "A tendência é diminuir", disse.

Brandão estima que é possível que o saldo comercial brasileiro chegue a US$ 15 bilhões de superávit em 2015. A última estimativa do governo era que o ano fecharia com saldo positivo de US$ 12 bilhões.

Sobre o resultado de janeiro a setembro, o diretor ressaltou que o superávit foi ampliado significativamente em relação em 2014, quando o resultado estava negativo em US$ 742 milhões no período. Segundo ele, de janeiro a setembro, houve um grande aumento na quantidade de produtos exportados pelo País (7,2%), ao mesmo tempo que a queda nos preços dos produtos embarcados foi mais expressiva (-21,6%).

A maior parte do saldo comercial acumulado deste ano, de US$ 10,246 bilhões, foi puxada pelo resultado da conta petróleo, que reduziu seu déficit em US$ 9,3 bilhões de janeiro a setembro, comparado com o mesmo período de 2014. O déficit da conta foi de US$ 12,9 bilhões em 2014 para US$ 3,6 bilhões em 2015. "Já era esperada essa contribuição da conta petróleo para o saldo da balança", disse Brandão.

O diretor ressaltou ainda que setembro teve o primeiro crescimento mensal de exportações para a China em 2015, de 22% na comparação com setembro de 2014. Grande parte da alta foi motivada pelo embarque de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 394 milhões. Sem esse produto, o saldo positivo teria registrado crescimento de 3,7%.

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