MDIC atribui queda das importações e superávit a desaquecimento da economia
De acordo com o diretor, ainda é cedo para definir de forma clara qual o impacto da alta do dólar na balança comercial. Ele ressaltou, entretanto, que a variação do câmbio observada nos últimos meses encarece a importação. "A tendência é diminuir", disse.
Brandão estima que é possível que o saldo comercial brasileiro chegue a US$ 15 bilhões de superávit em 2015. A última estimativa do governo era que o ano fecharia com saldo positivo de US$ 12 bilhões.
Sobre o resultado de janeiro a setembro, o diretor ressaltou que o superávit foi ampliado significativamente em relação em 2014, quando o resultado estava negativo em US$ 742 milhões no período. Segundo ele, de janeiro a setembro, houve um grande aumento na quantidade de produtos exportados pelo País (7,2%), ao mesmo tempo que a queda nos preços dos produtos embarcados foi mais expressiva (-21,6%).
A maior parte do saldo comercial acumulado deste ano, de US$ 10,246 bilhões, foi puxada pelo resultado da conta petróleo, que reduziu seu déficit em US$ 9,3 bilhões de janeiro a setembro, comparado com o mesmo período de 2014. O déficit da conta foi de US$ 12,9 bilhões em 2014 para US$ 3,6 bilhões em 2015. "Já era esperada essa contribuição da conta petróleo para o saldo da balança", disse Brandão.
O diretor ressaltou ainda que setembro teve o primeiro crescimento mensal de exportações para a China em 2015, de 22% na comparação com setembro de 2014. Grande parte da alta foi motivada pelo embarque de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 394 milhões. Sem esse produto, o saldo positivo teria registrado crescimento de 3,7%.