Levy afirma em sessão na Câmara que Lula tomou uma série de medidas estruturantes
Ao responder questionamento do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre a necessidade de reformas estruturais, o ministro concordou com o parlamentar. "Rodrigo Maia tem razão ao dizer que não é adequado deixar as questões estruturais para o final, algumas das questões estruturais têm que ser tratadas agora", respondeu.
Durante seu tempo de resposta, Levy ressaltou a necessidade de "virar a página". "Temos que estar juntos para avançar e virar essa página da questão fiscal, mas ela tem que ser virada, resolvida, e vamos juntos para a retomada do crescimento, relaxamento do crédito e volta da inflação ao caminho de declínio", afirmou.
Uma de suas bandeiras, a reforma do ICMS não foi esquecida na fala do ministro. "Desde algum tempo, estamos trabalhando na outra Casa (Senado) com a questão para financiar o ICMS, o que vai permitir empresas se instalarem com segurança em Estado que for mais competitivo." A presidente mandou uma medida provisória que canaliza dinheiro de repatriação para Estados que precisam de mais investimento", disse. Para Levy, a reforma do ICMS tem que ser financiada com a repatriação e é fundamental para fortalecer a política de desenvolvimento regional.
Saia justa
Em uma saia justa, o deputado Rodrigo Maia pediu para que Levy, que se encontrava no Plenário da Casa, prestasse atenção à sua fala e parasse de conversar paralelamente.
O ministro conversava com a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), enquanto o deputado falava. O deputado se irritou com a falta de atenção de Levy e pediu que o ministro prestasse atenção em sua fala. "Educação ministro, eu fui à Vossa Excelência quando esse ajuste fiscal foi votado e garanti quase a vitória. Iam cair o senhor e o vice-presidente Michel Temer junto, e nós garantimos 16 dos 25 votos. Eu acho que o senhor tem que me ouvir", frisou em tom elevado, se referindo ao ajuste fiscal aprovado na Casa.
Em situação embaraçosa, o ministro pediu desculpa e afirmou não conhecer os pormenores das regras da Casa. "As regras da Casa eu não domino bem, desculpa ter me atrapalhado com as regras", disse.
Em seguida, o deputado voltou a criticar a postura de Levy. "O deputado, às vezes, não ouve o outro, mas o ministro não é deputado e tem que seguir a regra da boa convivência entre duas pessoas que estão tentando o debate", afirmou.
Maia também atacou a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, "se a presidente Dilma não cair agora, cairá em março, e eu gostaria que Vossa Excelência olhasse nos meus olhos, porque sou um dos poucos da oposição que acreditam em vossa excelência", finalizou.