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Entre as que mais têm edifícios

01:30 | 03/10/2015
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Fortaleza tem 119 bairros, dos quais no máximo cinco possuem verticalização, segundo dados da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). Mas, se forem considerados o número de habitantes do município, a quantidade de prédios e a área da Cidade, a Capital aparece em 64º lugar entre as 100 cidades com mais edifícios no mundo, conforme último levantamento realizado, em 2013, pela Emporis, provedor global que gerencia dados sobre construção civil.

 

[SAIBAMAIS 1]

“Fortaleza apresenta baixo índice de verticalização. Aldeota e Meireles são os bairros mais verticalizados. Seguidos por Papicu e Cocó. Portanto, é na Regional 2 onde se encontram o maior número desta tipologia de edificação, ficando as Regionais 1 e 5 com o menor número”, detalha Águeda Muniz, titular da Seuma.


Esse fator de baixo índice de verticalização se deve, principalmente, a Fortaleza não possuir prédios com características de arranha-céu, edificações muito altas e que se destacam na paisagem urbana.


A altura, ou gabarito, máxima permitida na Capital varia de acordo com a zona em que a edificação está inserida. Na zona de ocupação prioritária (ZOP) chega a 72 metros, na zona de ocupação moderada (ZOM) 48 metros. “Na zona central, de forma a incentivar a ocupação no Centro é permitido 95 metros, sendo o maior gabarito permitido na cidade”, explica a secretária.


Ordenamento urbanístico

Quem orienta a densidade de cada zona delimitada é o plano diretor de Fortaleza. Nas ZOP, a verticalização é uma das formas de adensamento. Já nas ZOM o adensamento é mais restrito, reduzindo a capacidade de verticalizar.

 

Além do zoneamento, a Lei de Uso e Ocupação do Solo regra em relação aos parâmetros urbanísticos, como no caso do gabarito dos prédios, que é o parâmetro utilizado para conferir a altura de uma edificação.


A cidade de Fortaleza é uma das cidades onde o gabarito ainda é muito reduzido. Cidades vizinhas como Recife (PE) e Natal (RN) têm gabaritos maiores. “No entanto, não é somente a altura dos prédios que deve ser levada em consideração. Ou seja, o gabarito deve estar equacionado com os outros parâmetros construtivos, como taxa de permeabilidade, taxa de ocupação, recuos, índice de aproveitamento, fração do lote. É uma equação onde a relação entre eles deve ser boa pra cidade. Além disto, esta relação vem de um conceito de cidade que ser quer”, diz Águeda.


A depender do mercado, não deveria haver limite de altura. Para André Montenegro, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), prédios maiores não atrapalham a ventilação da cidade como se pensa. “Você tem um prédio mais fino e fica um espaço maior entre eles. O que deve ser respeitado é o espaço destinado à aviação”.

 

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