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Compare as taxas

01:30 | 10/10/2015
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Com mais uma alta de juros, o financiamento pela Caixa Econômica Federal se aproxima dos valores praticados no mercado, deixando a concorrência mais próxima na disputa por clientes.

 

No último dia 01, a taxa efetiva total para não clientes Caixa passou de 9,45% ao ano (a.a) para 9,90%a.a, em financiamento de imóveis pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH). Para correntistas a taxa passou de 9,30% para 9,80% a.a. A medida é válida apenas para novos contratos.


É a terceira vez este ano que o banco federal aumentou os juros na compra de imóveis r do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que utiliza os recursos da poupança para conceder o crédito.


Segundo a Caixa, o motivo do reajuste é o aumento da taxa básica de juros, Selic, atualmente em 14,25% a.a. Os financiamentos com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida e do FGTS não sofrem alterações.


Um cliente que desejasse financiar pela Caixa um imóvel de R$ 200 mil, com entrada de R$ 60 mil em 360 meses, antes do reajuste pagaria uma parcela inicial de R$ R$ 1.557,22, com as novas taxas de juros, considerando as mesmas condições, a primeira parcela seria de R$ 1.773,88.


Para o economista Ricardo Coimbra, o aumento dos juros da Caixa, faz com que ela perca competitividade e o cliente passe a considerar também outras opções na hora do financiamento.


De acordo com ele, é preciso também considerar o panorama geral do orçamento familiar, se vale a pena transferir o relacionamento de um banco para outro por conta do imóvel. “As vezes a relação que já se tem com a instituição facilita a linha de crédito imobiliário, enquanto a transferência pode trazer novas despesas”, pondera.


Outra sugestão do economista é incluir as construtoras na lista de comparações. Muitas oferecem financiamentos direto ou condições melhores junto a determinada instituição por conta das negociações em grupos de clientes.


Comparar também a palavra de ordem para o especialista em finanças pessoais, Érico Veras Marques. Para ele, o cliente deve verificar ainda as despesas junto ao financiamento, como taxas de avaliação, seguros e vistorias. Algumas estão embutidas nas prestações o que faz com que o valor não tenha influência só dos juros.


“Os bancos privados geralmente são mais exigentes do que a Caixa na concessão do crédito, então é saudável ponderar isso também, se existem condições de atender a todas as exigências para contratar o financiamento”, diz.


Além do aumento dos juros, este ano, a Caixa também diminuiu a margem de financiamento de usados. Para imóveis em geral, passou de 90% para 80% do valor do imóvel. No SFH, para imóveis usados, o recuou foi de 80% para 50%.


“Junto com a alta dos juros essa foi uma forma que a Caixa encontrou de diminuir o número de financiamentos, já que a captação dos recursos da poupança caiu drasticamente com o atual cenário econômico”, analisa Daniele Akamine, MBA em economia da construção e financiamento imobiliário.


Segundo Daniele, essa proximidade com os bancos privados não deve durar muito tempo. “Acredito que até o final do ano as outras instituições também aumentem os juros. A Caixa sempre foi um balizador do mercado, quando ela baixava, os outros baixavam também. Agora a tendência é acontecer a mesma coisa”, projeta.


Os financiamento no âmbito do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que abrange imóveis residenciais com valores acima de R$ 650mil, também tiveram aumento na taxa balcão da Caixa, passaram de 11% para 11,50% ao ano.


Para os imóveis comerciais e mistos a taxa balcão passou de 12% para 14%, enquanto que para clientes que têm relacionamento com o banco, os juros subiram de 11,50% para 13,50%.


Em 2015, a margem de financiamento no SFI de imóveis usados também diminuiu, passou de 70% para 40% do valor do imóvel.

 

SAIBA MAIS


No Ceará, o reajuste atinge financiamentos de imóveis entre R$ 170 mil e R$ 650 mil para o SFH. Casos em que o cliente já possui algum imóvel ou renda mensal superior a R$ 5mil, também têm o financiamento enquadrado na modalidade SBPE.


AUMENTO

Em janeiro a taxa de juros ao ano passou de 8,75% para 9%

 

Em abril a taxa de juros ao ano passou de 9% para 9,30%

 

Em outubro a taxa de juros ao ano passou de 9,45% para 9,90%

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