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Câmara sugere aeroporto-indústria entre BR-116 e CE-040

Estudo elaborado em um mês pela Câmara de Logística do Ceará aponta a área como mais indicada para receber investimento

10:31 | 28/10/2015
Um aeroporto-indústria entre a BR-116 e a CE-040, distante entre 30 km e 60 km de Fortaleza, com sítio aeroportuário de 20 milhões de m² inserido em área de 40 milhões de m².  A localização ficaria entre os municípios de Horizonte, Aquiraz e Cascavel. A descrição é do que sugere o “Análise sobre o perfil dos aeroportos do Ceará e Estudo sobre implantação de aeroporto-indústria na Região Metropolitana de Fortaleza”, elaborado pelo Grupo Temático de Aeroportos da Câmara Temática de Logística do Ceará (CTLOG).
 
A justificativa para um novo aeroporto seria a capacidade de servir de modal para indústrias de alto valor agregado a se instalarem no entorno, uma hipótese descartada para o Pinto Martins, por conta da ocupação ao redor. O presidente da Câmara, Marcelo Quinderé, defende que o Ceará tenha um aeroporto especializado em cargas como um diferencial competitivo.
 
Pelo conceito de aeroporto-indústria, capaz de interessar a fabricantes de eletroeletrônicos, semicondutores e produtos farmacêuticos, por exemplo. “Nestes casos, o frete não interfere tanto no valor dos produtos como pesa em commodities”, diz Marcelo.  Para ele, ao Estado cabe definir onde seria a localização, para que no futuro o equipamento seja feito por meio de uma Parceria Público- Privada (PPP).
 
A definição de aeroporto-indústria, conforme o coordenador do Grupo que assina o estudo, Ariston Pessoa, é de Zona de neutralidade fiscal, sob regime de entreposto aduaneiro especial, com suspensão dos tributos na importação de componentes, que após o desembaraço aduaneiro seriam encaminhados diretamente para as linhas de montagens das empresas que produzirão os bens a serem exportados.
 
No material, foram levantadas informações sobre 12 aeroportos do Ceará. Ariston explica que foram delimitados os sete com maior potencial e cinco como secundários. Os sete são: Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral, Iguatu, Crateús, Cruz, São Benedito. Os secundários seriam:  Tauá, Camocim, Campos Sales, Quixadá e Aracati. Para ele, Aracati é secundária porque está a cerca de 100 km de Fortaleza. “Por que uma companhia aérea iria pousar lá se pode pousar em Fortaleza?”, afirmou.
 
Viabilidade econômica no Pecém
Em fevereiro,  foi apresentado estudo de viabilidade econômica para um novo aeroporto internacional, de cargas e passageiros, nas proximidades do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), a 60 km da Capital. O documento é assinado pela empresa The Louis Berger Group, especializada em planejamento aeroportuário, com apoio da Agência dos Estados Unidos para o Comércio e Desenvolvimento (USTDA) e em parceria com a Consultoria Project, de Recife(PE).
 Na época, a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) dizia que o projeto seria realizado por meio de PPP, mas ainda sem definição de empresas interessadas e modelo de participação do Governo.
No dia da apresentação, o Governo cogitava a possibilidade de usar recursos do Tesouro Estadual, Federal ou ambos.  O estudo de viabilidade técnica, contudo, não foi iniciado.
A Louis Berger foi contratada pela Adece, em 2012, para elaborar o documento. Não houve desembolso de dinheiro por parte do Governo do Estado para a realização do estudo. A pesquisa foi bancada pela USTDA, que recebe projetos e os financia a fundo perdido.
 Redação O POVO Online
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