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BNDES libera recursos de concessão de 2013

08:05 | 31/10/2015
O BNDES anunciou ontem a aprovação de financiamento de longo prazo de R$ 552,7 milhões para a MGO Rodovias, operadora do trecho de 436,6 quilômetros da BR-050, entre Goiás e Minas Gerais. O banco deu, assim, um primeiro passo para liberar os pedidos dos vencedores dos leilões das concessões da primeira fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL). São de R$ 15 bilhões a R$ 17 bilhões em empréstimos a liberar.

Lançado em setembro de 2012, o pacote de concessões da primeira fase do PIL começou a ser leiloado somente em novembro de 2013. O trecho da MGO Rodovias é o menor dos projetos. Além dos R$ 552,7 milhões do BNDES, a concessionária pleiteia na Caixa outros R$ 550 milhões - essa operação ainda está na fase de estruturação e não deverá ser aprovada antes da próxima semana.

Na quarta-feira, o diretor-presidente da MGO Rodovias, Helvécio Soares, esteve na sede do BNDES para negociar o empréstimo. Ontem, a concessionária não quis se pronunciar sobre a aprovação. A MGO Rodovias foi criada pelo Consórcio Planalto, formado por nove empresas de médio porte, para participar do leilão da BR-050.

O BNDES promete para até dezembro a aprovação de cinco projetos leiloados até dezembro de 2013. O próximo da fila deverá ser o trecho da BR-163 em Mato Grosso, operado pela Odebrecht Transport.

O Estado apurou que há preocupação, na equipe econômica, com a demora do BNDES na análise dos projetos porque estaria atrasando os investimentos e contribuindo para adiar a recuperação da economia.

O banco nega atraso na liberação de recursos, pois o cronograma inicial previa aprovar os empréstimos de longo prazo em até 18 meses após a aprovação de empréstimos-ponte - modalidade de curto prazo, para agilizar os investimentos enquanto o empréstimo de longo prazo é analisado -, o que ocorreu no fim do primeiro semestre de 2014.

Desde que a Operação Lava Jato atingiu as maiores empreiteiras do País, os principais investidores das concessões de infraestrutura, o BNDES tem analisado com lupa o perfil de risco das empresas. Com a recessão, o quadro é de travamento de crédito para construção.

A preocupação das empresas da área de infraestrutura com o crédito quase triplicou nos últimos 12 meses, segundo a Sondagem da Construção, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em setembro de 2014, 11,7% das empresas entrevistadas citavam o acesso ao crédito como "fator limitativo". No mês passado, 30,6% apontaram o crédito como problema - o segundo mais citado, perdendo apenas para "demanda insuficiente".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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