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BC estimula bancos a financiarem mais de 80% do valor do imóvel

Medida foi anunciada após a reunião do Conselho Monetário Nacional, na última quinta-feira, 29.

12:20 | 30/10/2015
Os bancos ganharam um incentivo para fazer financiamento de mais de 80% do valor do imóvel. O Banco Central diminuiu a parcela obrigatória que os bancos devem deixar parada no caixa para cumprir os requerimentos mínimos de capital nos financiamentos de valor mais elevado.

A decisão foi anunciada na última quinta-feira, 29, em seguida à reunião do Conselho Monetário Nacional, na qual foram definidas alterações na regulação de redução de risco de operações de crédito do sistema financeiro.

Até agora, os bancos que fizessem o financiamento de 80% ou mais do valor do imóvel eram obrigados a deixar 75% do empréstimo parado no caixa, como requerimento de capital. Isso acontecia especificamente nas operações que fossem enquadradas como de varejo, e naquelas mais caras a exigência subia para 100% do valor. Até o mutuário terminar de pagar o empréstimo, o banco não podia mexer nesse dinheiro.

A partir de agora, no entanto, o BC autorizou que, quando o cliente começar a pagar as parcelas e estiver devendo 80% do imóvel, o banco deixe apenas 35% do total do empréstimo imobilizado. Dessa forma, a instituição financeira terá mais dinheiro para conceder novos financiamentos.

Com essa decisão, os financiamentos de pelo menos 80% do valor do imóvel passarão a ter o mesmo tratamento das operações abaixo desse limite, que tinham requerimento de capital de 35%.

De acordo com o BC, a mudança servirá como estímulo para os bancos ampliarem o limite de financiamento imobiliário. No entanto, as novas regras não devem resultar em alteração para a Caixa Econômica, que concentra 70% do crédito imobiliário no país. No fim de abril, o banco reduziu, de 80% para 50%, o teto de financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação. Até então, a instituição era a única a financiar mais de 80% do valor do imóvel. No entanto, a decisão incentiva bancos privados que operam no ramo imobiliário a emprestarem mais.

Redação O POVO Online com agências
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