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AES pode participar do leilão A-5 com ativos térmicos

16:35 | 21/10/2015
A AES Tietê, braço do grupo AES no Brasil com atuação no segmento de geração, não pretende participar do leilão de energia de reserva agendado para o próximo mês, mas está atenta a possibilidades no leilão A-5, a ser realizado no início de 2016. De acordo com o presidente do grupo AES no Brasil, Britaldo Soares, o leilão A-5 tem "perspectivas" distintas daquelas que se apresentam no leilão de energia de reserva. A principal diferença entre os dois certames é o perfil dos projetos: o A-5 viabiliza a construção de empreendimentos que deverão fornecer energia somente dentro de um prazo de cinco anos, enquanto o leilão de reserva tende a ser representado por projetos já existentes.

"Provavelmente não vamos participar do leilão de novembro, mas o leilão A-5 tem outra perspectiva", salientou Britaldo, que participou hoje da cerimônia de lançamento do Plano Verão da AES Distribuidora. Ambas as empresas são controladas pelo grupo AES no Brasil.

A AES poderia participar do leilão A-5, agendado para o dia 5 de fevereiro, com ativos térmicos, por exemplo. A companhia possui projetos já aprovados a serem licitados, casos da térmica Termo São Paulo e da Termo Araraquara. Ambos os projetos dependem da disponibilidade de gás natural, o qual seria importado e poderia ser processado nos terminais de regaseificação da Petrobras.

Outra frente de projetos da Tietê está no segmento solar. Britaldo revelou nesta quarta-feira, 21, que, além de um projeto de 30 MW, a Tietê também estuda um segundo projeto, este com capacidade de 150 MW. O empreendimento já está na fase de licenciamento e, assim como o primeiro projeto solar do grupo, ficaria localizado na região da usina de Água Vermelha. O projeto menor será instalado em Minas Gerais e o maior, em São Paulo.

"Com 180 MW temos escala para as negociações de painéis, ganhamos volume", afirmou Britaldo, ao justificar a intenção da Tietê de incluir os dois projetos em um único leilão. O certame, nesse caso, poderia ser alguma licitação voltada para projetos renováveis, incluindo usina solar e eólica, por exemplo.

Além dos leilões, a Tietê também estuda outras alternativas de crescimento, revelou Britaldo. O grupo AES já revelou o interesse em participar do projeto do governo federal de viabilizar a construção de térmicas em áreas pertencentes à Emae. A Tietê, entre outras empresas, estuda a possibilidade de ser parceira da Emae nos empreendimentos.

Uma terceira rota de crescimento é a aquisição de ativos, um processo que poderá ter início após a conclusão do processo de reorganização da Brasiliana, controlada da Tietê. Este processo deve ser encerrado até o final de dezembro. "Nosso foco está em térmicas a gás, solar e eólica", revelou Britaldo.

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