PUBLICIDADE
Notícias

Preço da cesta básica em Fortaleza tem queda de 4,6 %

Das 15 cidades que tiveram queda nos preços dos produtos da cesta básica, Fortaleza foi a que mais obteve deflação.

11:23 | 04/09/2015

Em agosto, o conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica de Fortaleza registrou deflação de -4,6%.Aqueda foi influenciada pela queda

de 5 itens, destaque para os preços do tomate (-23,53%), do feijão, (-2,94%) e da banana (-0,50%).

 

Das 18 cidades em que o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), realiza a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, 15 tiveram redução do valor do conjunto de bens alimentícios básicos em agosto. As maiores quedas foram apuradas em Fortaleza (-
4,60%), Salvador (-4,02%), Brasília (-3,46%) e Rio de Janeiro (-2,77%). As altas foram registradas em Porto Alegre (1,20%) e João Pessoa (0,28%). Em Recife, o custo dos produtos básicos praticamente nãose alterou (0,01%).

 

Alta

Em agosto, o maior custo da cesta foi registrado em Porto Alegre (R$ 387,83), seguido de São Paulo (R$ 386,04), Florianópolis (R$ 372,79) e Rio de Janeiro (R$ 361,93). Os menores valores médios
foram observados em Aracaju (R$ 283,02), Natal (R$ 286,36) e Salvador (R$ 305,11).
Em 12 meses, entre setembro de 2014 e agosto último, as 18 cidades acumularam alta no preço da cesta. As variações ficaram entre 5,84%, em Natal, e 22,77%, em Aracaju.
Nos oito primeiros meses deste ano, todas as cidades acumularam altas. Destacam-se as elevações registradas em Aracaju (15,19%), Salvador (13,92%), Fortaleza (13,24%) e João Pessoa (13,00%). Os
menores aumentos aconteceram em Brasília (3,94%) e Florianópolis (5,58%).

 

Semestral e Anual
Observando as variações semestral e anual da Cesta Básica, em Fortaleza, verifica-se que
foram de 8,65% e 13,94%, respectivamente. Isto significa que a alimentação básica em agosto de 2015
(R$ 3) está mais cara do que em fevereiro de 2015 (R$ 292,23) e mais cara do que agosto de 2014 (R$
278,68). Tabela 2
No semestre, dos produtos que compõem a Cesta Básica, os que sofreram maior elevação nos preços,
foram: o tomate (32,57%); a Carne (9,24%); o óleo (8,47%); e o leite (6,09%). Apenas o feijão apresentou
redução (-5,95%) no período de seis meses.
Na série de 12 meses, dos produtos que compõem a Cesta Básica, os que sofreram maior elevação nos
preços, foram: o feijão (38,02%), a carne (22,06%), o tomate (11,94%) e o pão (10,47%). %). Apenas a
farinha apresentou redução (-5,95%) no período.



Salário mínimo


Em agosto de 2015, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 93 horas e 46 minutos, menor do que o tempo de trabalho em julho, de 95 horas e 29 minutos. Em agosto de
2014, a jornada exigida era de 90 horas e 07 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em agosto
deste ano, 46,32% dos vencimentos para adquirir os mesmos produtos que, em julho, demandavam 47,18%. Em agosto de 2014, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta
equivalia a 44,53%.

Comportamento do consumidor

 

Os produtos que tiveram predominância de alta de preços nas cidades foram pão francês, leite, carne bovina e café. Já a batata, o tomate, o feijão e o óleo de soja tiveram retração de valor na maioria das capitais.
O pão francês seguiu com aumento de preço em 15 cidades entre julho e agosto. As taxas oscilaram entre 0,15%, em Vitória, e 2,43%, em Aracaju. Houve diminuição de preço em Recife (-1,16%), Fortaleza (-0,44%) e Curitiba (-0,12%). Em 12 meses, todas as cidades mostraram elevação entre 3,35%, em Goiânia, e 32,29%, em Aracaju. Chuva e excesso de calor afetaram as lavouras nacionais de trigo.


Pelo sexto mês consecutivo, o preço do leite segue em trajetória ascendente. Em agosto, 15 cidades apresentaram aumento, que ficaram entre 0,33%, em São Paulo, e 4,69%, em Salvador . Houve estabilidade de preços em Belo Horizonte e redução em Curitiba (-0,36%) e Recife (-2,11%). Em 12 meses, o preço do leite acumulou alta em todas as capitais, exceto Salvador (-3,65%). As maiores elevações foram anotadas em Aracaju (11,00%) e Belém (8,12%). O período de entressafra do leite acontece entre março e julho, no entanto, ainda em agosto, os preços seguiram em elevação.


O preço do café em pó aumentou em 14 cidades, com destaque para Curitiba (5,14%) e Florianópolis (2,74%). As quedas ocorreram em Recife (-0,22%), Vitória (-1,54%), Aracaju (-2,27%) e Belo Horizonte (-3,09%). Em 12 meses, 15 cidades apresentaram elevação, que
variaram entre 2,18%, em Belém, e 17,01%, em Aracaju. As quedas ocorreram em Brasília (-2,11%), Belo Horizonte (-2,12%) e Vitória (-4,88%). O preço externo alto e a desvalorização da
moeda nacional diante do dólar impulsionaram a cotação do grão do café, o que teve impacto sobre o varejo.


A carne bovina apresentou aumento de preço em 14 capitais em agosto, com taxas que oscilaram entre 0,09%, em São Paulo, e 5,16%, em Porto Alegre. Em Fortaleza, não houve variação. Os recuos foram
observados em Aracaju (-0,82%), Belo Horizonte (-2,07%) e Natal (-4,88%). Em 12 meses, houve elevação do preço em todas as cidades e as taxas variaram entre 13,84%, em Vitória, e 34,42%, em Aracaju. O aumento das exportações de carne e a baixa oferta de animais para abate explicaram a alta de preços no varejo.

O tomate mostrou diminuição de preço em 17 cidades em agosto, com destaque para as variações de Brasília (-28,16%) e Salvador (-28,00%). Apenas Recife apresentou elevação de valor (2,05%). Em 12
meses, o tomate acumulou alta em 16 cidades, com taxas entre 1,86%, em Curitiba, e 46,02%, em Goiânia.


Belo Horizonte (-6,92%) e Florianópolis (-3,85%) tiveram redução no preço médio. Safras com boa produtividade garantiram a oferta de tomate no varejo, diminuindo o preço.


O valor do feijão diminuiu em 15 das 18 cidades, em agosto. O tipo preto (pesquisado nas cidades do Sul, no Rio de Janeiro, em Vitória e Brasília) apresentou altas em Florianópolis (1,38%) e Rio de Janeiro (1,03%). Em Brasília, o preço diminuiu -1,45%, em Porto Alegre, -1,65%, em Curitiba, -2,63% e, em Vitória, -3,96%. O feijão carioquinha (pesquisado no Norte, Nordeste, em Campo Grande, Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte) apresentou queda em todas as cidades, exceto em Manaus (0,18%). Os decréscimos variaram entre -10,17%, em Belo Horizonte, e - 1,80%, em Salvador. Em 12 meses, o comportamento foi diferenciado. No tipo preto, houve diminuição em todas as cidades, com taxas entre -11,82%, em Vitória, e -1,86%, em Brasília. Para o tipo carioquinha, houve aumento do valor em todas as cidades, exceto em Salvador (-6,42%). As variações positivas oscilaram entre 23,53%, em Goiânia, e 48,15%, em Campo Grande.

 

O óleo de soja teve o preço reduzido em 14 cidades. As retrações oscilaram entre -6,63%, em Manaus, e -0,60%, em Curitiba. Em Campo Grande, foi registrada estabilidade no valor e em Belém
(0,29%), Vitória (1,00%) e Fortaleza (2,46%), aumento. Em 12 meses, o valor do óleo de soja subiu em 13 capitais, com destaque para Porto Alegre (9,90%), Salvador (7,58%) e Curitiba (7,05%). No primeiro
semestre de 2015, o processamento do grão em óleo foi o menor desde 2006, indicando baixa oferta e também demanda. Além disso, o volume exportado foi menor do que nos anos anteriores.

 

 

Redação O POVO Online 

TAGS