Fipe prevê desaceleração da inflação em SP em setembro para taxa de 0,32%
O principal alívio para a inflação, disse o coordenador, virá do grupo Habitação, que deve fechar o mês em 0,51%, após alta de 1,51% em agosto. "Haverá dissipação do impacto do reajuste das tarifas de água e esgoto e de energia elétrica, que influenciaram o grupo em agosto", comentou Chagas. Ainda sobre energia elétrica, deve haver efeito do aumento do PIS/Cofins para o item, ao patamar mais alto desde fevereiro, o que tende a anular o alívio vindo da redução de 18% da tarifa da bandeira vermelha aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Isso só vai ajudar a partir de outubro", antecipou Chagas.
Outro grupo de grande peso dentro do IPC, Alimentação, que, em agosto, mostrou deflação de 0,52%, deve voltar a subir e terminar setembro com alta de 0,17%. "As atuais quedas de semielaborados e produtos in natura não são sustentáveis e alimentos industrializados parecem estar em processo de recomposição de preços", disse o coordenador.
Caso se confirme a projeção de 0,32% para o IPC em setembro, o IPC em 12 meses deve acelerar ante a marca de 9,04% em agosto, uma vez que a taxa de setembro de 2014 foi de 0,21%. André Chagas destacou que, tanto no acumulado do ano (7,35%) quanto em 12 meses (9,04%) até agosto, a inflação seria 3,58 pontos porcentuais mais baixa, não fosse o reajuste de preços administrados. "Seria, no acumulado do ano, a metade do que é", disse.
Para novembro e dezembro, a percepção é de inflação comportada. "Neste ano, não deve haver espaço para destoarem do padrão sazonal, em função de atividade fraca", opinou.