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FGV: expectativa de inflação dos consumidores parou de subir, mas câmbio é risco

13:40 | 23/09/2015
A parada no movimento de alta da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses, cuja mediana ficou em 10,0% em setembro, estável em relação a agosto, após sete meses seguidos de alta, sugere que o esforço da política monetária pode estar fazendo efeito sobre a percepção das pessoas, mas a alta do dólar ainda representa um risco.

A avaliação é de Pedro Costa Ferreira, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que divulgou mais cedo o Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores. "Qual a transmissão e como os consumidores vão sentir isso? O pãozinho e outras coisas do dia a dia deverão ter reajustes", afirmou Ferreira, lembrando que apenas os consumidores de maior renda percebem a relação direta do câmbio nos gastos com passagens aéreas e viagens ao exterior.

O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor, que coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. A coleta de setembro foi feita do dia 1º ao 21, a última segunda-feira. Não pega, portanto, a cotação do dólar acima de R$ 4,00, registrada pela primeira vez num fechamento na terça-feira.

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