Depois de rebaixamento, Dilma convoca reunião com ministros da equipe econômica
Foram convocados os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, da Casa Civil, Aloizio Mercadante e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy
O governo tem pressa para encontrar saídas que possam dar sinais de compromisso e de segurança com o equilíbrio fiscal e a retomada do crescimento. Também é preciso fechar o "adendo" ao Projeto de Lei do Orçamento Anual de 2016 que será enviado ao Congresso com soluções para o rombo de R$ 30,5 bilhões nas contas do ano que vem.
Na quarta-feira, 9, o Planalto disse, que embora já estivesse esperando, ter recebido com surpresa a decisão da S&P, e que a medida agora impõe, segundo disse Levy em entrevista ao telejornal Jornal da Globo, uma ação rápida do Executivo e do Legislativo.
Para Levy, a lição do rebaixamento do rating do Brasil pela S&P é de que os agentes estão entendendo a necessidade de fazer escolhas difíceis para que o País readquira o equilíbrio fiscal. "Não é só dizer que vai cortar ou pedir para a população assinar um cheque em branco para o governo", disse.
"Precisamos nos decidir. A consequência (do rebaixamento) é olharmos para nós mesmos e decidirmos o que queremos. Não adianta empurrar o problema", afirmou. "Qual exatamente vai ser o imposto, de quanto vai ser ou qual o tamanho do corte. O Governo irá fazer isso nas próximas semanas com muita clareza. É um desafio para cada um de nós."
Para participar da reunião com Dilma, o ministro Barbosa cancelou participação em debate na manhã desta quinta na Câmara sobre Plano Plurianual e Orçamento.
Participação de Levy
Até a manhã desta quinta-feira, 10, a participação do ministro Joaquim Levy não havia sdo confirmada. Mas a agenda foi alterada para incluir a reunião da coordenação política, no Palácio do Planalto. O encontro começou às 9 horas.
Mais cedo, fontes da área econômica já haviam previsto a participação do ministro, mas a reunião ainda não constava em sua agenda. Participam da reunião com a presidente Dilma Rousseff outros ministros, como o da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o do Planejamento, Nelson Barbosa.