Ucrânia garante acordo para alívio da dívida, mas sem participação da Rússia
Pelo acordo, os credores privados da Ucrânia, incluindo o fundo mútuo norte-americano Franklin Templeton Investments, aceitaram uma redução de 20% no valor de face dos bônus ucranianos e a extensão do vencimento da dívida do governo em quatro anos, informou o ministério.
O acerto também prevê que Kiev não terá de pagar os custos dos empréstimos se o país crescer em ritmo inferior a 3%, mas ampliará as amortizações se a economia se expandir em ritmo mais forte. A Ucrânia irá pagar cupom (taxa nominal) de 7,75%, um pouco maior que os níveis atuais.
Os preços dos bônus ucranianos de 2 anos saltaram 12% após o acordo se tornar público, atingindo o maior nível desde janeiro, segundo a Tradeweb. Já a moeda da Ucrânia, a grívnia, se fortaleceu mais de 3% frente ao dólar, de acordo com a Factset. A divisa ucraniana acumula perdas superiores a 30% desde o começo do ano, em meio à intensificação dos conflitos no leste do país nos últimos meses.
O acordo ainda precisará ser aprovado pelo parlamento ucraniano.
Pelos termos de um pacote de resgate coordenado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a Ucrânia precisava garantir um alívio de dívida de US$ 15 bilhões de seus credores, além de realizar reformas, para garantir a liberação do restante de US$ 25 bilhões em recursos do Fundo, da Europa e dos EUA.
Segundo Kiev, o FMI endossa o acerto de alívio da dívida.
A Rússia, por sua vez, informou que não tem planos de participar da reestruturação da dívida ucraniana e que o Kremlin não foi convidado a se envolver no acordo. Fonte: Dow Jones Newswires.