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Ucrânia garante acordo para alívio da dívida, mas sem participação da Rússia

09:25 | 27/08/2015
O governo da Ucrânia obteve um acordo fundamental de alívio para sua dívida, segundo o Ministério de Finanças do país, num importante passo para liberar bilhões de dólares em ajuda emergencial, após um impasse de meses nas negociações com credores ameaçar um frágil programa de resgate internacional.

Pelo acordo, os credores privados da Ucrânia, incluindo o fundo mútuo norte-americano Franklin Templeton Investments, aceitaram uma redução de 20% no valor de face dos bônus ucranianos e a extensão do vencimento da dívida do governo em quatro anos, informou o ministério.

O acerto também prevê que Kiev não terá de pagar os custos dos empréstimos se o país crescer em ritmo inferior a 3%, mas ampliará as amortizações se a economia se expandir em ritmo mais forte. A Ucrânia irá pagar cupom (taxa nominal) de 7,75%, um pouco maior que os níveis atuais.

Os preços dos bônus ucranianos de 2 anos saltaram 12% após o acordo se tornar público, atingindo o maior nível desde janeiro, segundo a Tradeweb. Já a moeda da Ucrânia, a grívnia, se fortaleceu mais de 3% frente ao dólar, de acordo com a Factset. A divisa ucraniana acumula perdas superiores a 30% desde o começo do ano, em meio à intensificação dos conflitos no leste do país nos últimos meses.

O acordo ainda precisará ser aprovado pelo parlamento ucraniano.

Pelos termos de um pacote de resgate coordenado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a Ucrânia precisava garantir um alívio de dívida de US$ 15 bilhões de seus credores, além de realizar reformas, para garantir a liberação do restante de US$ 25 bilhões em recursos do Fundo, da Europa e dos EUA.

Segundo Kiev, o FMI endossa o acerto de alívio da dívida.

A Rússia, por sua vez, informou que não tem planos de participar da reestruturação da dívida ucraniana e que o Kremlin não foi convidado a se envolver no acordo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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