Secretário de SP admite entraves para compra de energia a partir da biomassa
Segundo Jardim, o maior entrave encontrado é o fato de empresas públicas que seriam demandadoras da energia negociada nos pregões já possuírem contratos de fornecimento com outras companhias. Entre elas, citou Jardim, estão a Sabesp e o Metrô. "O secretário (de Energia, João Carlos) Meirelles tenta compatibilizar esses contratos para termos uma massa compradora que fundamente fazermos um leilão especifico", disse. "A expectativa é que um estudo nesse sentido seja anunciado durante a Fenasucro, no dia 26". O evento ocorre em Sertãozinho (SP).
O secretário da Agricultura de São Paulo criticou o leilão para a compra de energia elétrica de reserva de fontes renováveis marcado pelo governo para o final deste mês. Segundo ele, além de o leilão colocar a biomassa juntamente com outras fontes de energia alternativas, como a eólica, os preços de referência, de R$ 148 por megawatt-hora (MWh), são considerados muito baixos.
"Nesses leilões, quem apresenta o menor custo de geração acaba levando vantagem. Mas isso não deveria ocorrer, porque a energia eólica, apesar de ser mais barata para gerar, tem um custo muito maior para chegar ao mercado consumidor", disse. "Esse preço do leilão de agosto não remunera, e poucas usinas e empresas de geração a partir da biomassa vão apresentar as propostas", concluiu Jardim.