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PMI de serviços no Brasil recua em julho, diz a Markit

15:10 | 05/08/2015
O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços no Brasil caiu para 39,1 em julho, de 39,9 pontos em junho, na série com ajuste sazonal, segundo pesquisa da Markit. Com isso, o índice composto, que leva em conta também o PMI industrial, recuou para 40,8 em julho, de 41,0 pontos em junho, atingindo o menor patamar desde março de 2009. Leituras abaixo de 50 indicam contração da atividade, enquanto resultados acima dessa marca apontam expansão.

Segundo a Markit, a queda na atividade de serviços em julho continuou intensa, com todos os componentes registrando baixas substanciais. Os níveis de novos negócios diminuíram pelo quinto mês consecutivo, enquanto os cortes de empregos aumentaram e atingiram nível recorde. A inflação de insumos subiu para o patamar mais elevado em 81 meses, embora o repasse de preços tenha se dificultado, com a inflação de venda perdendo um pouco de força. Na divisão por segmentos, a contração mais acentuada foi observada em Hotéis e Restaurantes, seguido por Transporte e Armazenamento.

A economista da Markit Pollyana de Lima aponta que os PMIs têm mostrado uma diferença entre a indústria e os serviços, com a primeira moderando o ritmo de queda e o segundo acentuando a contração. "De um modo geral, o cenário, no entanto, continua desanimador. A pesquisa indica que a produção combinada dos setores industrial e de serviços sofreu a maior queda desde o início de 2009. A demanda fraca, as taxas altas de juros, o aperto fiscal, a inflação forte e o aumento do desemprego estão previstos para continuar a dificultar a atividade de negócios nos próximos meses", comenta.

Apesar do cenário ruim traçado pela economista, os prestadores de serviços continuam relativamente otimistas, com 29% prevendo um aumento no nível de atividade nos próximos 12 meses.

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