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Kuroda, do BoJ, admite possível atraso no cumprimento de inflação de 2%

09:55 | 07/08/2015
O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, admitiu que o BC japonês pode atrasar nos planos de gerar uma taxa de inflação de 2%, caso os preços do petróleo não consigam se recuperar, sugerindo que as projeções econômicas da instituição podem ser excessivamente otimistas.

"Dependendo dos movimentos dos preços do petróleo bruto - em especial dos futuros -, acho que é possível que atinjamos a meta um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde" do que planejado atualmente, disse Kuroda, em coletiva de imprensa que se seguiu à decisão do BoJ de manter sua política monetária inalterada.

Anteriormente , Kuroda previa atingir inflação de 2% no começo do outono japonês do próximo ano, se as cotações do petróleo voltassem a subir gradualmente. Hoje, Kuroda sugeriu que, mesmo que isso venha a acontecer, o BoJ pode não tomar novas medidas se julgar a que a tendência de inflação continua sólida.

"Provavelmente consideraremos fazer ajustes na política se os movimentos do petróleo começarem a afetar as expectativas de inflação e a tendência de preços subjacente", comentou o chefe do BoJ.

Kuroda também descartou o crescente pessimismo em relação à economia do Japão. Segundo ele, as economias externas devem ganhar fôlego, impulsionando as exportações japonesas e a produção manufatureira, enquanto as famílias deverão ampliar os gastos, em vista dos salários mais altos e das temperaturas elevadas do verão local.

Muitos economistas calculam que a economia japonesa encolheu no segundo trimestre devido à redução das exportações, da produção industrial e dos gastos dos consumidores. Fonte: Dow Jones Newswires.

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