Indústria gaúcha fecha semestre com queda de 8,1%, pior desempenho em seis anos
"A crise no setor fabril avançou bastante, influenciada principalmente pela redução da demanda doméstica e pelo aumento dos custos de fabricação. O excesso de estoques de produtos, a falta de confiança e a ociosidade nas linhas de produção não indicam mudança nesse quadro de dificuldades no curto prazo", avalia o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
A entidade informou que quase todos os indicadores contemplados pelo IDI-RS recuaram nos primeiros seis meses de 2015: as compras de matérias-primas tiveram diminuição de 15,1%; o faturamento real, de 11,1%; as horas trabalhadas na produção, de 7,9%; o emprego e a massa salarial, ambos de 5,1%; e a utilização da capacidade instalada, de 2%. Uma única categoria, a que mede o rendimento médio real, ficou estável.
Dos 17 setores pesquisados, somente três registraram crescimento no semestre: alimentos (2,5%), bebidas (0,3%) e equipamentos de informática e produtos eletrônicos (1,2%). As principais desacelerações vieram de veículos automotores (-22,6%), máquinas e equipamentos (-13,9%), produtos de metal (-8,3%), couros e calçados (-5,3%) e químicos e refino de petróleo (-5,5%).