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Grécia implementará recomendações sobre fundo de privatização até março

08:45 | 12/08/2015
O fundo de privatização de 50 bilhões de euros da Grécia, um elemento crucial no novo pacote de ajuda internacional de 86 bilhões de euros ao país, não será estabelecido até o próximo ano, em um dos poucos alívios dados pelos credores ao governo de Atenas em seu novo programa de resgate.

O documento de 29 páginas, conhecido oficialmente como Memorando de Entendimento e ao qual o Wall Street Journal teve acesso afirma que as recomendações da força-tarefa envolvida com a criação desse fundo não serão implementadas antes de março de 2016. O documento forma a base do novo acordo, de até 86 bilhões de euros, e inclui medidas que Atenas precisa tomar para implementar, em troca de mais ajuda.

A Grécia e as quatro instituições que monitoram o programa de ajuda - a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e o próprio fundo de resgate da zona do euro - têm se apressado para finalizar o acordo a tempo de Atenas realizar um pagamento de 3,2 bilhões de euros ao BCE no dia 20.

Como parte da venda planejada de ativos estatais, a Grécia concordou em "adotar passos irreversíveis" para privatizar a rede nacional de eletricidade, conhecida pelo acrônimo grego Admie, a menos que uma alternativa seja dada. Também concordou em anunciar datas para privatizações nos portos de Piraeus e Tessalonica "antes do fim de outubro de 2015", segundo o documento.

Com o plano de privatização que excluirá as ações de bancos, mas inclui os aeroportos regionais, a Grécia busca gerar 4,1 bilhões de euros em privatizações neste ano, 3,7 bilhões de euros em 2016 e 1,3 bilhão de euros em 2017.

Até 25 bilhões de euros do pacote total podem ser usados para potencial recapitalização dos bancos gregos, diz o documento. Esses aportes de capital para os bancos devem ser feitos até o fim do ano no máximo, segundo o texto.

Como parte do acordo, a Grécia também iniciará um plano para garantir uma renda mínima no país até abril do próximo ano, que será parte de uma reforma no sistema de bem-estar social. A taxa de desemprego no país estava em 25,0% em maio. Fonte: Dow Jones Newswires.

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