Governo da Grécia defende acordo com credores antes de votação no Parlamento
O projeto de lei que garante, em três anos, recursos da ordem de 85 bilhões de euros (US$ 93 bilhões) em empréstimos internacionais incluem um duro corte dos gastos e aumento dos impostos.
Mas os duros termos do novo acordo - acertado nesta semana com os negociadores do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional - têm levado Tsipras a uma batalha severa com dissidentes de seu partido.
O esquerdista Syriza ganhou as eleições em janeiro com a promessa de repelir do orçamento a austeridade que foi imposto nos dois últimos pacotes de ajuda internacional. Nos últimos dias, alas do partido se pronunciaram contra o acordo, que deve receber o apoio de políticos da oposição.
Manifestações antiausteridade estão planejadas para ocorrer do lado de fora do parlamento, que deve iniciar os debates na noite desta quinta-feira (horário local).
Além disso, doze políticos de extrema-esquerda anunciaram nesta semana a criação de um novo movimento contrário ao acordo, liderado pelo ex-ministro da Energia e dissidente do governo Panagiotis Lafazanis.
O projeto de lei deve ser debatido em comissões antes de ser levado à votação do Parlamento da Grécia, o que deve ocorrer depois de 0h (18h, de Brasília).
O acordo final precisa também da aprovação dos ministros das Finanças da zona do euro, que irão se encontrar na tarde desta sexta-feira, e do parlamento de diversos países, incluindo a Alemanha, onde a opinião pública tem se mostrado contrária ao acerto com a Grécia.
A Grécia está ansiosa para ver o acordo completo, afim de receber os fundos a tempo de quitar uma parcela da dívida com o BCE, que vence em 20 de agosto. Sem o dinheiro, o país entraria em calote - reacendendo os temores de saída da zona do euro. Fonte: Associated Press.