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Governo da Grécia defende acordo com credores antes de votação no Parlamento

13:30 | 13/08/2015
O governo da Grécia afirmou nesta quinta-feira que o programa de resgate internacional é difícil, porém essencial para salvar a nação do colapso financeiro. A defesa ocorreu ao mesmo tempo que o primeiro-ministro Alexis Tsipras enfrenta uma rebelião no partido governista contra a votação do acordo no seu parlamento.

O projeto de lei que garante, em três anos, recursos da ordem de 85 bilhões de euros (US$ 93 bilhões) em empréstimos internacionais incluem um duro corte dos gastos e aumento dos impostos.

Mas os duros termos do novo acordo - acertado nesta semana com os negociadores do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional - têm levado Tsipras a uma batalha severa com dissidentes de seu partido.

O esquerdista Syriza ganhou as eleições em janeiro com a promessa de repelir do orçamento a austeridade que foi imposto nos dois últimos pacotes de ajuda internacional. Nos últimos dias, alas do partido se pronunciaram contra o acordo, que deve receber o apoio de políticos da oposição.

Manifestações antiausteridade estão planejadas para ocorrer do lado de fora do parlamento, que deve iniciar os debates na noite desta quinta-feira (horário local).

Além disso, doze políticos de extrema-esquerda anunciaram nesta semana a criação de um novo movimento contrário ao acordo, liderado pelo ex-ministro da Energia e dissidente do governo Panagiotis Lafazanis.

O projeto de lei deve ser debatido em comissões antes de ser levado à votação do Parlamento da Grécia, o que deve ocorrer depois de 0h (18h, de Brasília).

O acordo final precisa também da aprovação dos ministros das Finanças da zona do euro, que irão se encontrar na tarde desta sexta-feira, e do parlamento de diversos países, incluindo a Alemanha, onde a opinião pública tem se mostrado contrária ao acerto com a Grécia.

A Grécia está ansiosa para ver o acordo completo, afim de receber os fundos a tempo de quitar uma parcela da dívida com o BCE, que vence em 20 de agosto. Sem o dinheiro, o país entraria em calote - reacendendo os temores de saída da zona do euro. Fonte: Associated Press.

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