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Faturamento do comércio varejista paulistano cai 2,3% em maio, diz Fecomercio

20:15 | 13/08/2015
A queda nas vendas do comércio varejista paulistano em maio foram puxadas principalmente pelo desempenho mais fraco dos setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento, lojas de móveis e decoração e concessionárias de veículos. O faturamento do setor caiu 2,3% no quinto mês deste ano, para R$ 14,2 bilhões, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

A Fecomercio-SP ressalta que, apesar da queda de R$ 339 milhões na receita obtida na comparação com maio de 2014, o resultado da capital ainda ficou acima da média do Estado. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a retração do faturamento é de 2,6%. "Em valores já corrigidos pela inflação, essa retração significou uma queda no faturamento acumulado de cerca de R$ 1,8 bilhão na comparação com o mesmo período de 2014", observa a entidade.

Três das nove atividades pesquisadas registraram queda acentuada na comparação interanual e contribuíram para o desempenho negativo do varejo em maio: eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-15,6%), lojas de móveis e decoração (-15,1%) e concessionárias de veículos (-13,5%), que, somadas, impactaram negativamente em 3,7 pontos porcentuais no resultado geral.

Os desempenhos positivos ficaram com as lojas de autopeças e acessórios (19,2%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (4,8%) e supermercados (3,4%), que tiveram ganhos reais no faturamento. "Juntos, os três contribuíram para atenuar a queda geral do varejo paulistano com 1,9 ponto porcentual e geraram quase R$ 300 milhões de aumento de receita real de vendas", diz a nota.

De acordo com a Fecomercio-SP, "o agravamento da crise econômica impactou o desempenho do varejo da capital, especialmente nos setores ligados a bens duráveis, que sofrem mais com juros altos, escassez de crédito e conservadorismo dos consumidores".

Estado

Já o comércio paulista registrou queda no faturamento de 5,9% em termos reais, o equivalente a R$ 2,8 bilhões a menos que em maio de 2014. A assessoria econômica da Fecomercio-SP avalia que a crise tem corroído o poder de compra do consumidor e direcionado a renda para a compra de bens alimentícios e essenciais, como remédios. A instituição avalia que deve ter havido nova queda nas vendas para o Estado de São Paulo em junho, de cerca de 2%. A retração estimada para o ano de 2015 é de 5%.

Sete das nove atividades pesquisadas apresentaram queda no faturamento em maio na comparação interanual. Os piores resultados ficaram com o setor de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-24,1%); concessionárias de veículos (-21,2%) e lojas de móveis e decoração (-14,3%). "Em conjunto, o impacto negativo foi de 5,4 pontos porcentuais para o resultado geral", diz a nota.

Na outra ponta estão exatamente os segmentos ligados a bens essenciais, de primeira necessidade e que independem de crédito, como ressalta a Fecomércio-SP. "Conseguiram mostrar aumento de vendas no mês: supermercados (2,7%) e farmácias e perfumarias (1,9%), taxas que juntas contribuíram para aliviar a queda em 0,9 ponto porcentual."

Metodologia

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal, informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

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