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Crédito manterá expansão moderada em 2015 avalia o BC

09:50 | 06/08/2015
A diretoria do Banco Central avalia que a expansão moderada do crédito, que já havia sido observada, tende a persistir, segundo avaliação contida na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta quinta-feira, 6. O colegiado também ressaltou no documento que houve uma "aceleração" do processo de distensão do mercado de trabalho. Na edição anterior, a avaliação era a de que esse processo estaria apenas no início.

"A esse respeito, importa destacar que, após anos em forte expansão, o mercado de crédito voltado ao consumo passou por moderação, de modo que, nos últimos trimestres, observaram-se, de um lado, redução de exposição por parte de bancos e, de outro, desalavancagem das famílias", trouxe o parágrafo 25 da ata. Para o colegiado, os riscos no segmento de crédito ao consumo vêm sendo mitigados. Mais uma vez, os diretores do BC consideraram oportuno reforçar as iniciativas que moderam as concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito.

O Copom observou que a estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho tem arrefecido, com dados confirmando a aceleração de um processo de distensão nesse mercado. "No entanto, ainda prevalece risco significativo relacionado, particularmente, à possibilidade de concessão de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade, com repercussões negativas sobre a inflação."

Apesar da ocorrência de variações reais de salários mais condizentes com as estimativas de ganhos de produtividade do trabalho, na interpretação da diretoria do BC, o comitê avaliou que a dinâmica salarial permanece originando pressões inflacionárias de custos.

Também a demanda agregada continuará a se apresentar moderada no horizonte relevante para a política monetária, segundo o BC.

Essa frase mostra uma avaliação diferente do BC em relação à ata anterior quando a ata avaliava que a demanda agregada "tendia" a se apresentar moderada. O BC manteve a avaliação de que as exportações devem ser beneficiadas pelo cenário de maior crescimento de importantes parceiros comerciais e pela depreciação do real.

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